Química a distância é pioneira com oficinas práticas na Uninter

Autor: Nayara Rosolen - Jornalista

Pioneiro e o único curso a distância com todas as atribuições de bacharel no Conselho Federal de Química (CFQ) até o momento, o curso de Química da Uninter proporciona aos estudantes uma verdadeira imersão em experimentos laboratoriais. As práticas reúnem os estudantes nos laboratórios dos superpolos da instituição e são necessárias não só para levar o universo da teoria para a vida real, mas também para que os estudantes possam conquistar seus registros profissionais.

A primeira oficina prática de Química do ano no superpolo de Curitiba (PR), localizado no campus Divina Providência, aconteceu entre os dias 05 e 09 de fevereiro de 2024. Participaram 15 estudantes de quatro estados diferentes: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Bahia. As atividades aconteceram durante todo o dia, das 8h às 20h, e estão relacionadas a todas as áreas de química orgânica, inorgânica, analítica e físico-química, que se juntam a questões ambientais e industriais. São realizadas mais de 50 práticas e, ao final, os alunos passam por uma avaliação do que experimentaram, além de terem um prazo para entregarem relatórios de tudo o que foi feito.

Quatro professores são mais diretamente envolvidos na orientação e supervisão das oficinas, Carla Krupczak, Marco Aurelio Filho, Gabriele Dupont e Leticia Pedrosa. Carla, que está desde a primeira oficina, em dezembro de 2022, explica que sempre recomenda que os alunos realizem as práticas após o segundo ano, pois já têm uma bagagem teórica para acompanhar.

“É aqui que eles têm a oportunidade de usar as vidrarias, aprender técnicas de como manipular os reagentes e como se comportar em laboratório. É uma semana bem importante para a formação. E é um momento mais divertido do curso, a gente consegue ver essa teoria na vida real e também ter esse contato com os alunos, aquela carinha que vemos pela câmera, aqui conhecemos pessoalmente”, explica a docente.

A coordenadora do curso, Flávia Sucheck, destaca que para além das sete atribuições comuns do bacharelado, o curso do centro universitário soma outras cinco, que dizem respeito a química industrial e tecnológica, somando as 13 atribuições do CFQ. “É um orgulho muito grande para a gente ter essa possibilidade e, com certeza, a realização dessa imersão em laboratório faz muita diferença”, salienta.

Flávia diz ainda que foi preciso a instituição contatar o Conselho, já que nem mesmo o órgão sabia ainda como lidar com as graduações a distância e não tinham regras definidas. A partir disso, puderam aprender quais são as necessidades e exigências quanto ao que os estudantes precisam ter. Hoje, há uma política pública que vale para o Brasil todo sobre como o curso de Química a distância pode acontecer no país.

“E qual o motivo de termos conseguido esse êxito? Porque tivemos coragem de inovar. É uma educação a distância que tem práticas presenciais de imersão. Os alunos saem de diferentes lugares do Brasil, encontram os professores nos superpolos, nesses espaços preparados, nos laboratórios específicos que temos. Então, os alunos com os professores fazem toda a parte de práticas do curso de química. Ou seja, temos a verdadeira praxis, o encontro da teoria e da prática no curso de bacharelado em Química. Oferecendo para o mercado, aí sim, um profissional que vai estar eticamente comprometido, que tem conhecimento teórico e prático na sua profissão”, conclui a diretora da Escola Superior de Educação, Humanidades e Línguas (ESEHL), Dinamara Machado.

A professora Gabriele, que além de atuar nos cursos é coordenadora de laboratório, apresenta que o laboratório didático conta com equipamentos de segurança, como chuveiro lava-olhos de emergência e placas indicativas de prevenção, vidrarias e equipamentos utilizados para os experimentos, como espectrofotômetro ultravioleta visível, estufa de secagem, capela de exaustão, chapas de aquecimento e bico de bunsen. O grande diferencial deste é que conta com um estúdio de transmissão para as aulas interativas ao vivo com os alunos, que sempre têm a presença de um diretor de estúdio, câmeras robóticas, tela e quadro de apoio.

Natália Dias, 30 anos, ingressou no curso da Uninter pois tem vontade de abrir sua própria empresa na área e precisava conciliar os estudos com o trabalho de publicidade e propaganda que realiza atualmente. Para a estudante, a oficina foi importante para entender como funciona a profissão na prática e ingressar no mercado de trabalho.

“Foi bem legal, aprendemos bastante coisa, colocamos mesmo a mão na matéria. Pode agregar muito [na formação profissional], acabamos conversando com os professores, descobrimos novas formas de fazer tudo. O curso é bem completo, quando precisamos tirar dúvidas os professores estão bem à disposição, sempre passam dicas, vale bastante a pena”, afirma Natália.

“Nada melhor que os professores estarem junto com eles para ensinar cada detalhe da técnica para que vivenciem de forma coletiva, tenham a oportunidade de conhecer colegas, nesse curso que é a distância, mas que proporciona essa vivência presencial para eles. O impacto é gigante, temos percebido ao longo de um ano em que temos feito essas oficinas, como os alunos elogiam, se envolvem e gostam de estar aqui. Aprendem muito e demonstram isso na continuidade do curso, realmente conseguem fazer a conexão entre teoria e prática”, finaliza Flávia.

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Autor: Nayara Rosolen - Jornalista
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Natalia Schultz Jucoski


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