Professoras da Uninter ampliam conhecimentos em visita técnica no Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares

Autor: Rafael Lemos - Assistente de Comunicação Acadêmica

O efeito Cherenkov é um fenômeno óptico que ocorre quando uma partícula carregada, como um elétron, se move através de um meio isolante (como a água) a uma velocidade superior à velocidade da luz nesse meio. Isso resulta na emissão de radiação eletromagnética, que se manifesta como um brilho azulado

“A gente vê tudo na teoria, mas existem pormenores e avanços tecnológicos que vão surgindo, e quando você conversa com aquele pessoal que está lá todo dia, vendo o avanço na prática, é muito enriquecedor”. Assim definiu a professora do curso de Tecnologia em Radiologia da Uninter, Paola da Costa Rosa, sobre a visita ao Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares (IPEN), em São Paulo, em junho de 2025.

A professora fez parte de um grupo que realizou uma visita técnica ao IPEN, uma instituição vinculada à Universidade de São Paulo (USP) que é considerada uma das principais referências no campo da pesquisa e desenvolvimento em energia nuclear do país. O encontro possibilitou uma troca de experiências fundamental para o desenvolvimento humano e profissional, principalmente na área da pesquisa.

Para Paola, a visitação a um instituto da importância do IPEN é fundamental, ainda mais para quem vive em cidades fora do Sudeste. “A gente acaba não tendo tanto contato, tanta familiaridade com processos nucleares, com produção de radiofármacos, com reatores, essas coisas que são das ciências nucleares, das ciências radiológicas, porque isso acaba ficando concentrado lá em São Paulo”. Por isso, ver o funcionamento na prática é tão enriquecedor. “A gente sabe toda a lógica por trás dos processos que são da área da radiologia e da física, e quando tem a oportunidade de ver pessoalmente, faz todo sentido”, ressalta.

Outro destaque relatado pela professora Paola foi a diversidade de atuações do Instituto. “O IPEN é uma instituição muito grande, e lá existem pesquisas que são multidisciplinares, então, por mais que a gente tenha a temática nuclear, é gente de todo lugar, da física, da química, da biologia, fazendo todo tipo de pesquisa, então é muito vasto”.

Quem também fez parte da comitiva foi a professora e coordenadora do curso de Tecnologia em Radiologia da Uninter Evelyn Rosa de Oliveira. Ela destacou que a visita técnica proporciona troca de experiências e um contato mais profundo com as possibilidades na área nuclear.

Além disso, a visita técnica permite que o docente tenha uma formação continuada que beneficia diretamente o aluno. “Uma coisa muito legal que eles fazem é a produção de radiofármacos, que são fármacos utilizados em tratamentos de iodoterapia, medicina nuclear em geral, então eles produzem esses materiais radioativos que são utilizados nos tratamentos. Ver isso sendo produzido é muito legal, porque ajuda a passar para os alunos de um jeito mais fácil, mais lúdico”.

Outra professora do curso de Tecnologia em Radiologia que também participou da visita ao IPEN foi Camila de Almeida Salvego, que inclusive faz pesquisa de doutorado na própria instituição. Ela explicou que a visitação é aberta ao público, recebendo estudantes e pesquisadores.

Em sua pesquisa, Camila relacionou nanotecnologia com tecnologia nuclear para o tratamento de câncer, mais especificamente o tumor de mama. “Eu fiz um tratamento no qual combinava nanopartículas e essa radiação para ver se a presença das nanopartículas ali poderia melhorar a resposta do tumor a essa irradiação. E aí a gente notou que sim”, comemora.

Ela também observa que sempre que se fala em radiação ionizante ou tecnologia nuclear, as pessoas tendem a associar à bomba atômica, acidentes, guerras e muitas vezes desconhecem os benefícios que a energia nuclear traz para a sociedade. “Então, é interessante a gente desmistificar e mostrar que tem uso para beneficiar a sociedade no geral, não só a parte de medicina, que normalmente é o que os nossos alunos veem mais de perto a aplicação, mas outras utilizações como a esterilização de material cirúrgico, por exemplo”, finaliza.

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Autor: Rafael Lemos - Assistente de Comunicação Acadêmica
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Fotos de arquivo da profa. Evelyn Rosa de Oliveira


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