Prêmio Enedina Marques reconhece atuação das mulheres nas engenharias

Autor: Sandy Lylia da Silva – Estagiária de Jornalismo

Ao olharmos pelo retrovisor do veículo chamado tempo, podemos contemplar a estreita e longa estrada percorrida pelas mulheres para alcançar a conquista de seus direitos sociais, políticos e trabalhistas em nosso país. Por meio de movimentos reivindicatórios, cada conquista histórica nos fez chegar até o momento presente, no qual o lugar da mulher é onde ela escolhe estar.

Fazendo um recorte para a área da educação, a mulher veio a conquistar o direito de estudar, em 1827. O  direito de cursar uma faculdade no Brasil, chegou em 1879. Somente a partir de 1945, por meio da Carta das Nações Unidas, a igualdade de direitos entre homens e mulheres foi reconhecida.

Na construção desse cenário, do romper das barreiras estruturais, destaca-se uma curitibana chamada Enedina Alves Marques, que em 1945, entrou para história sendo a primeira mulher a se formar em engenharia no estado no Paraná, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), e a primeira engenheira negra do país.

Nascida em 13 de janeiro de 1913, viveu até os 68 anos de idade, filha de lavrador e de empregada doméstica, graduou-se aos 32, em uma época em que o ensino superior não era pensado para mulheres, muito menos para negros.

E a partir desse legado inspirador, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Paraná (CREA-PR) fez uma homenagem especial às mulheres engenheiras, com a primeira edição do Prêmio Crea-PR Engenheira Enedina Marques.

Criada e organizada pelo Comitê Mulheres do Conselho, com apoio da Caixa de Assistência dos Profissionais dos Creas (Mútua-PR) e da Cooperativa de Crédito dos Profissionais dos CREAs e demais Áreas Tecnológicas (CredCrea), a premiação nasceu com o objetivo de homenagear uma profissional de cada regional da autarquia, por meio de indicações vindas das Entidades de Classe e Instituições de Ensino locais.

A coordenadora da área de Geociências da Uninter, Renata Adriana Garbossa, ocupa a coordenação deste pioneiro Comitê de representatividade feminina no órgão, sendo uma das responsáveis pela indicação da profissional a ser premiada pela Regional Curitiba.

“Nós, mulheres, somos minoria dentro do Crea-PR, menos de 20%. O  Comitê vem para fortalecer a participação feminina no próprio conselho”, afirma a coordenadora.

Para ela, o prêmio representa a participação da mulher nos seus diversos espaços. “Podemos estar em todos os ambientes que quisermos estar e isso significa um avanço para as mulheres dentro do órgão, uma abertura muito grande. É a valorização do trabalho enquanto profissionais da área da Geociência e das diversas áreas de atuação dentro do Conselho. Essa é a primeira edição do prêmio, de muitas que virão”, conclui.

Na sua primeira edição, foram homenageadas profissionais de destaque nas áreas da Engenharia, Agronomia e Geociências, de cada uma das oito regionais do Crea – PR, (Sede Curitiba, Regional Apucarana, Regional Cascavel, Regional Curitiba, Regional Guarapuava, Regional Londrina, Regional Maringá e Regional Pato Branco).

A solenidade de entrega do prêmio foi realizada na capital paranaense no dia 20 de junho de 2022. Em sua mesa de abertura, além do presidente do  Crea-PR, o engenheiro civil Ricardo Rocha de Oliveira, também estiveram presentes a conselheira e coordenadora do Comitê Mulheres Crea – PR, engenheira civil Karlize Posanske da Silva; o chefe de gabinete do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea),  engenheiro agrônomo Luiz Antonio Rossafa; o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab),  engenheiro agrônomo Norberto Ortigara; o diretor geral da Mútua-PR, engenheiro civil Julio Russi e a professora e engenheira civil Wanda Camargo.

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Autor: Sandy Lylia da Silva – Estagiária de Jornalismo
Edição: Larissa Drabeski


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