Precisamos ser educados para a morte

 

Adriano Paulo – Estudante de Jornalismo

Como você reagiria se soubesse que está em seus últimos minutos de vida? Ou se fosse o último dia de uma pessoa próxima? Muitas vezes não conseguimos aceitar a morte, embora saibamos que ela é inevitável. Sendo assim, como é possível aceitá-la? Especialistas sugerem que devemos ser educados para saber lidar com a morte, em especial as pessoas que duelam diariamente contra ela.

Para um profissional da saúde que dedicou a sua vida a curar enfermos, qual o impacto ao se ver como a última esperança do paciente e de seus familiares quando o fim daquela vida é irrevogável? É doloroso acompanhar o sofrimento de alguém morrendo, mesmo que se use todo o conhecimento e aparato científico para salvá-lo. Embora a morte seja irremediável, há uma sensação de frustração e impotência.

Por isso, é necessário para os profissionais de saúde uma compreensão sobre a “gestão de morte e luto no ambiente hospital”. Esse é o tema de um artigo da revista Saúde e Desenvolvimento, uma das sete publicações científicas do Centro Universitário Internacional Uninter. No artigo, os pesquisadores Giana Diesel Sebastiany e Cristiano Caveião abordam algumas questões para os profissionais da saúde lidar com a morte.

“Profissionais da saúde são formados para se protegerem das implicações que a dicotomia vida/morte coloca diante deles. Em algum momento, a ciência não irá vencer. Porém, a tentativa de encontrar alguma explicação científica parece aliviar a ‘carga’ de quem é preparado para atuar na ‘cura’ e ‘salvar vidas’”, salientam os pesquisadores. Clique aqui para ler o artigo completo.

Esses profissionais podem chegar a um nível de estresses excessivo diante de tal situação, podendo levar ao esgotamento físico e mental, ocasionando a síndrome de Burnout (leia mais sobre o assunto clicando aqui).  Por isso, o preparo para essas situações extremas é de suma relevância.

A educação sobre a morte

O artigo trata de uma educação sobre a morte na formação de profissionais da saúde, também sobre “gestão de morte e luto”. Um médico, por exemplo, estuda pelo menos cinco anos e mesmo contando os anos de experiência isso não é suficiente para acabar com a tristeza daquele que perdeu seu ente querido. Mas eles, como outros profissionais que trabalham no hospital, podem amenizar a dor que parece não ter fim.

Os pesquisadores sustentam que é preciso fomentar a educação sobre a morte e luto, especialmente entre os profissionais da saúde. Segundo eles, isso é possível formando profissionais comprometidos com a tomada de decisões, embasados nos princípios da bioética, criando equipes multiprofissionais e interdisciplinares, evitando resposta simples para assuntos complexos.

Edição: Mauri König

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