Placemaking, quando a comunidade se une para mudar o espaço urbano

Autor: Maurício Geronasso - Estagiário de Jornalismo

A construção de cidades mais inteligentes, com abordagens voltadas para o planejamento de espaços públicos que promovam um maior envolvimento da comunidade, com enfoque na saúde e no bem-estar, vem ganhando força em diversos locais do mundo. Essa reestruturação de espaços públicos com envolvimento e engajamento da comunidade tem um nome: placemaking. Em tradução literal, “fazer lugares”. O conceito foi criado nos anos 1960, nos Estados Unidos, pela urbanista Jane Jacobs e pelo sociólogo William H. Hhyte, e começou a ser mais difundido a partir da década seguinte.

O programa Rota – Viagens e Serviços, transmitido em 01.jul.2021 pela Rádio Uninter, contou com a presença da professoras Karen Sturzenegger e Flávia Fernandes, que conversaram sobre este conceito e seus impactos na urbanização das cidades.

A transformação de espaços públicos, muitas vezes abandonados, passa por vários objetivos, que vão desde os econômicos até a melhoria na interação social da comunidade local. O placemaking traz aquele ar de vizinhança conectada novamente às grandes metrópoles, uma qualidade que muitas vezes acaba se perdendo pela falta de locais de interação e pelo ritmo de vida acelerado da maioria das pessoas. A ideia é simples: estabelecer a convivência, criar conexões. Afinal, toda construção de uma vizinhança passa por uma comunidade de pessoas que se conhecem e compartilham interesses.

“O envolvimento do cidadão no espaço público, criando o senso de responsabilidade por aquele local, cria o estímulo para que a comunidade cuide do espaço”, diz a professora Flávia.

Nota-se que atualmente muitas comunidades, devido à pandemia do coronavírus, tiveram esse processo de placemaking acelerado. Está havendo uma busca por transformar ruas, praças e arredores em espaços de convivência. Trabalhar em casa trouxe a necessidade de se ter um espaço mais seguro e saudável para conviver, renovando o sentimento de pertencer a determinado local.

Promover alterações no ambiente urbano pode ser uma iniciativa da comunidade, mas precisa passar pelo poder público. Em diversas cidades brasileiras, as administrações municipais têm se mostrado sensíveis a essa demanda, reconhecendo seu valor: “A comunidade desenvolve um senso de participação de um coletivo, fazendo parte do movimento de transformação, vendo que aqueles espaços revitalizados trazem interação entre as pessoas e desenvolvimento para a comunidade como um todo”, complementa a professora Karen Sturzenegger.

O envolvimento direto das pessoas na construção de projetos de renovação e utilização do espaço público impacta diretamente na qualidade de vida, devolvendo à comunidade o sentimento de pertencer e de ter orgulho do local em que vive.

Você pode assistir ao programa completo por meio da página do Facebook e do canal do YouTube da Rádio Uninter.

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Autor: Maurício Geronasso - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pixabay


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