Pandemia eleva vendas pela internet e descartes de embalagens. Quem paga é o meio ambiente

Autor: Vitor Diniz - Estagiário de Jornalismo

BIE - Banco de Imagens Externas. Lixão da Estrutural. Os municípios poderão ter mais dois anos e contar com recursos federais para se adaptarem à Política Nacional de Resíduos Sólidos, a lei que, entre outras mudanças, prevê o fim dos lixões. A decisão foi anunciada pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR) durante o debate da MP 651/2014. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Todos os dias geramos muitos resíduos sólidos. Durante o período da pandemia, estamos quase o tempo todo em casa, e consequentemente geramos ainda mais lixo. A questão dos resíduos sólidos no pré e pós-pandemia foi tema de discussão em uma das palestras da 1° Maratona de Saúde, promovida pela Uninter no dia 21.ago.2020.

Devido ao isolamento social, o evento foi transmitido através de uma live no Facebook, na página Maratonas Para Desenvolvimento Sustentável Uninter. A mediação foi feita pela tutora do curso de Gerontologia – Cuidado ao Idoso, professora Fabiana Prestes, e o palestrante foi o coordenador do curso de Gestão Ambiental, professor Rodrigo Silva.

Rodrigo começou a palestra instigando o público a refletir sobre algumas questões, entre elas a separação do lixo reciclável, e o destino final de todos os resíduos sólidos. “Isso é muito sério, pois existe uma legislação chamada política nacional dos resíduos sólidos, em que diz que a geração do lixo até o destino final é responsabilidade de toda a sociedade”, explica.

Ele enfatiza a importância de fazermos a separação correta do lixo orgânico e do lixo reciclável dentro de casa, pois esse hábito pode facilitar o processo final de reciclagem. “A sociedade é uma cadeia de atores responsáveis por esse resíduo. Você, enquanto cidadão, gera, condiciona e é responsável pelos seus resíduos”, afirma.

Rodrigo destacou que o ser humano já alcançou avanços surpreendentes em muitas áreas. A medicina, por exemplo, já consegue fazer cirurgias a distância, com robôs. Mas infelizmente a humanidade ainda não consegue tratar o seu lixo de maneira correta.

“No período pré-pandemia, ou seja, 2018 e 2019, cada pessoa do mundo gerou uma média de 380 quilos de resíduos sólidos por ano. Esse montante vai para os aterros sanitários, e às vezes uma parte disso vai para os oceanos”, disse.

Ele lembrou que durante a pandemia da Covid-19 foi registrado um aumento de 65% nas vendas de produtos pela internet, e cada um desses produtos chegou na casa do comprador com embalagens, o que resulta na geração de resíduos.

Nos momentos finais da palestra, o professor lembrou que durante a pandemia da Covid-19 houve um aumento significativo no uso de materiais descartáveis, e que a grande maioria deles são feitos de plástico. O plástico tem como matéria-prima o petróleo, que é carbono puro e quando vai parar na atmosfera contamina o ar com potencial para causar problemas pulmonares na população.

“Podemos mudar esse cenário. Passando mais tempo em casa percebemos que não precisamos de tantas coisas para viver, desde utensílios domésticos até as roupas e objetos pessoais. Podemos viver com poucas coisas”, conclui Rodrigo.

Você pode assistir à transmissão do evento quando quiser. Para isso, acesse a página Maratonas Para Desenvolvimento Sustentável Uninter no Facebook.

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Autor: Vitor Diniz - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Edilson Rodrigues/Agência Senado


1 thought on “Pandemia eleva vendas pela internet e descartes de embalagens. Quem paga é o meio ambiente

  1. Excelente reflexão! Se realmente cada um de nós cuidar dos resíduos de forma adequada esse tipo de situação inexistiria. Eu estou entregando direto pra um catador que passa na frente de casa.

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