O perigo das fake news

Autor: Guilherme Augusto de Carvalho (*)

Com o avanço tecnológico e as facilidades que a internet nos trouxe, surgiram em seu bojo alguns desafios a serem superados. Todos os avanços possuem justamente esta característica: com as facilidades que eles trazem, sempre surgem problemas e desafios.

O celular é um bom exemplo disso, hoje temos smartphones que nos ajudam muito, temos a facilidade de falar com as pessoas, acessar informações e conteúdos em tempo real. Contudo, atualmente, ele também é um risco de distração para motoristas. Alguns, de forma imprudente, dirigem e acessam o celular, provocando acidentes.

Em nossos dias temos informações na palma da nossa mão, no entanto, saber separar o joio do trigo, ou seja, as notícias falsas das verdadeiras, é também uma habilidade fundamental. As chamadas fake news são comuns e já não são novas as ações políticas que visam combater a desinformação.

É importante entender que, com uma notícia falsa, há um núcleo de verdade, algo que parece ser verídico e é crível, principalmente se a pessoa não entende do assunto por completo. E como não é possível conhecer tudo, as fake news acabam ganhando um público.

Segundo Ben Nimmo, do Conselho do Atlântico, não é tão difícil identificar uma notícia falsa quando a pessoa entende a dinâmica e o funcionamento das redes sociais. No entanto, existem casos em que especialistas no assunto são necessários para constatar a veracidade das notícias. Porém, Nimmo oferece uma recomendação, que ajuda muito quem quer identificar se uma notícia é falsa ou não, que é: ficar atento às notícias que apelam para a emoção. Se uma notícia gera raiva ou rejeição, é bom verificar. É claro que pode ser verdadeira, contudo, ter critérios quanto a esse tipo de notícia e conferir em outras fontes é fundamental.

Corremos o risco de confundir uma notícia falsa com algo verdadeiro e vice-versa, além do grande perigo de líderes e políticos usarem um departamento de checagem de fatos, ou mesmo as leis contra fake news, para tolher pensamentos ou intenções políticas diferentes das suas, como acontece em alguns países. É por conta disso que precisamos ter expertise e critérios para conseguirmos verificar tais informações. Dessa forma impediremos que uma mentira seja anunciada como verdade, ou que ela seja usada como ferramenta de manipulação.

O combate começa em nós, sendo assim, impedir que uma fake news ganhe um público deve ser uma das nossas missões, por isso precisamos conhecer ferramentas e buscar sempre ter critérios, caso contrário, seremos sempre manipulados.

Combater as falsas notícias não é cercear o pensamento oposto, e sim valorizar as informações verdadeiras e as notícias relevantes ou mesmo, aquelas notícias que não concordamos, mas que são verídicas.

Saber transitar entre as notícias, identificando as fake news das notícias realmente verídicas, é o único caminho para não permitirmos que uma falsa notícia ganhe público. Se soubermos filtrar, ela perde a sua força e o seu alcance.

*Guilherme Augusto de Carvalho é mestrando em Filosofia, bacharel em Teologia, especialista em Filosofia, Ciências da Religião e Ensino Religioso. Professor da área de Humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter.

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Autor: Guilherme Augusto de Carvalho (*)


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