O inverno 2023 e o que podemos esperar da previsão do tempo

Autor: Franciele Marilies Estevam e Vera Cristina Scheller dos Santos Rocha (*)

O inverno de 2023 teve início em 21 de junho, oficialmente às 11:58 horas da manhã. Seguiremos nessa estação até 23 de setembro de 2023, quando se dará início a primavera. O inverno encanta muitas pessoas que apreciam os campos brancos, cobertos pela geada logo cedo, gostam do frio e das iguarias que são típicas do inverno como o pinhão, o quentão, chocolate quente, entre outras opções. Mas é importante frisar que a geada não traz apenas benefícios para os apreciadores do inverno; vai além, pois ela é responsável pela quebra no ciclo de algumas pragas favorecendo os agricultores que sofrerão menos com suas lavouras em outras estações.

Neste ano, o inverno do Paraná será afetado pelo El Niño, um fenômeno meteorológico que ocorre nas águas do Oceano Pacífico e influencia o clima em diversas regiões da Terra, favorecendo a ocorrência de chuvas no sul do Brasil e as secas nas regiões Nordeste e Norte. O fenômeno não tem duração definida e começa a se formar no segundo semestre do ano, se caracterizando por um aquecimento anormal das águas do Pacífico, na região equatorial. Com isso, a água evapora mais rápido, o ar quente e seco sobe da superfície terrestre no continente e impede o avanço das frentes frias. Assim, as frentes frias ficam concentradas mais tempo no sul do Brasil, gerando alta pluviosidade na região. Por consequência, diminui a ocorrência de chuvas nas regiões Norte e Nordeste do país, aumentando as secas.

Para quem não gosta de frio, essa é uma boa notícia. Em contrapartida, para o agronegócio é um cenário de preocupação, pois o El Niño pode impactar diretamente na produção agropecuária do Brasil, seja pela restrição hídrica ou pelo alto volume de chuvas, que pode inundar as áreas de cultivo. Além disso, o aumento da temperatura e da umidade no Sul do Brasil propicia a proliferação de pragas e fungos que afetam diretamente as plantações. Todas essas mudanças afetam a produção agrícola, ocasionando um aumento nos preços dos alimentos e, por consequência, gerar até insegurança alimentar.

A intensidade do fenômeno pode variar, mas ainda não temos certeza da sua atuação. Modelos climáticos apontam que devemos ter agora um El Niño um pouco mais forte, mas não tão intenso como os ocorridos em 1997 e 1998. Dessa forma, nos resta acompanhar as previsões e torcer para que o inverno não tenha um impacto drástico no agronegócio e na produção de alimentos.

Para visualizar essas previsões, é possível consultar o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) que atua na pesquisa e divulgação de condições meteorológicas por meio de monitoramento, análise e previsão do tempo e clima. No Paraná, temos o SIMEPAR (Sistema Meteorológico do Paraná) que é responsável pelas previsões meteorológicas e agrometeorológicas em todo o estado. Caso tenham interesse em se aprofundar no assunto ou mesmo acompanhar as previsões acessem o site www.simepar.br, lá constam muitas informações como previsão do tempo, dados das estações, alerta de geada, entre outros.

*Franciele Marilies Estevam é Bacharel e Licenciada em Geografia, especialista em Gestão de Projetos, professora da Área de Geociências do Centro Universitária Internacional Uninter.

*Vera Cristina Scheller dos Santos Rocha, é Licenciada em Geografia e Especialista em Gerenciamento de Recursos Ambientais e em Educação Ambiental, professora da Área de Geociências do Centro Universitária Internacional Uninter.

Incorporar HTML não disponível.
Autor: Franciele Marilies Estevam e Vera Cristina Scheller dos Santos Rocha (*)


Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *