Mulheres driblam as barreiras no mundo dos games

Autor: Poliana Almeida - Estagiária de Jornalismo

Do jogo da cobrinha à última edição do GTA, o universo dos games se apresenta a pessoas de todas as idades e interesses. E este mundo atrás das telas tem sido bastante lucrativo, tanto para empresas como para os jogadores. Em 2019, a indústria de games movimentou US$ 120 bilhões de dólares, sendo que o Brasil aparece no 13º lugar do ranking mundial do mercado de games.

O progresso tecnológico é a marca dessa indústria, sempre em busca de oferecer novas experiências interativas aos usuários. A única coisa que ainda avança a passos lentos é a representatividade feminina neste meio. A última competição presencial de Fortnite, por exemplo, teve aproximadamente 200 jogadores inscritos, mas nenhuma mulher conseguiu se classificar para o evento principal.

No dia a dia

Quem está mais próxima dessa realidade é a especialista em games Gisele Henriques. Estudante do curso de Jornalismo da Uninter, ela conta que sempre gostou de jogar e que então uniu o útil ao agradável. “Eu sempre joguei, desde os 4 anos de idade, e também sempre gostei de escrever. Acompanhei a evolução do jornalismo de games pelas revistas especializadas da minha época. Então, decidi que devia unir meus dois amores”, relembra.

Sobre ser uma mulher trabalhando nesse espaço, ela nos conta que sofreu mais preconceito no jornalismo propriamente do que cobrindo apenas a editoria de games. “Acho que no jornalismo em geral acabei tendo mais preconceito. É um pouco ligado ao tipo de pessoa com quem a gente se relaciona. Acho que nos meios em que andei tive contato com pessoas excelentes”, conta a aluna.

Perguntada sobre a falta de representatividade feminina, Gisele acredita que o preconceito venha mais das pessoas que estão fora do que daquelas que estão inseridas na comunidade. “No geral, há um preconceito com a mulher gamer, sim, por parte das pessoas não gamers. Dentro do nicho, há um certo respeito que, claro, não impede que haja ataques de bullying ou violência”, diz.

Segundo a profissional, a situação das mulheres no mundo dos games está em constante evolução. O principal passo é entender que o videogame não é apenas entretenimento, mas uma fonte de renda para muita gente. “O estereótipo do ‘gamer vagabundo’ que passa o dia inteiro jogando à toa está sendo substituído, aos poucos, por uma imagem mais aceitável socialmente, o que contribui muito para a diminuição do bullying”, explica.

Você pode conhecer o conteúdo produzido por Gisele nos portais em que ela atua: o torcedores.com e o Pop Notícias.

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Autor: Poliana Almeida - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Silvo Bilinski/Pixabay


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