Morando na Polônia, aluna da Uninter publica livros sobre estudos surdos e internacionalização do currículo

Autor: Kethlyn Saibert – Estagiária de Jornalismo

A pesquisadora Indiamaris Pereira é professora do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Santa Catarina e integrante do GEPEC – Grupo de Pesquisas em Estudos Culturais da Universidade do Vale do Itajaí. Atualmente ela mora e estuda na Polônia. A acadêmica participa do programa Studies Starter Ph.D. Social Sciences, na Universidade de Gdańsk, enquanto cursa Licenciatura em Filosofia EAD na Uninter, pelo polo de Itajaí (SC). Recentemente, ela concluiu o Bacharelado em Letras também pela Uninter.

Indiamaris dedica-se aos Estudos Surdos, que é um campo filosófico dentro dos Estudos Culturais que interpreta a condição da surdez como um aparato cultural da identidade de um grupo. Nesta perspectiva, os surdos não são vistos como “deficientes auditivos”, mas como indivíduos sociais que usam uma outra língua – a linguagem de sinais – e sua relação para com a sociedade.

Entre artigos, dissertação de mestrado e trabalho de conclusão de curso (TCC), as pesquisas realizadas no período de 2017 a 2019 se transformaram em 3 livros: Estudos Surdos e Internacionalização do Currículo: um panorama das pesquisas pelo mundo, Internacionalização do currículo como objeto de pesquisa: olhares pela perspectiva da diferença e Estudos Surdos e Internacionalização do Currículo: aproximação epistêmica horizontal. A maior parte de seus estudos foi feita em parceria com o mentor de Indiamaris, o professor Paulo Roberto Sehnem.

Seu TCC do curso de Letras, intitulado “Ensino de português como segunda língua para surdos no Brasil”, destaca-se por ter sido apresentado num evento internacional, o Seminário de Jovens Investigadores em Língua Portuguesa, no Instituto de Estudos Ibéricos e Ibero-Americanos da Faculdade de Novas Filologias da Universidade de Varsóvia na Polônia.

“A gente não discute a surdez dentro da visão clínica (da profunda e da leve), a gente estuda a surdez como um aparato cultural, de um sujeito que se relaciona com a língua portuguesa o tempo inteiro, porque está dentro do Brasil, mas que usa uma segunda língua (Libras) que quase não é conhecida no país, apesar dela ser oficial”, explica Indiamaris.

A estudante ainda ressalta que não teve dificuldades em cursar Letras a distância (e no momento, Licenciatura em Filosofia), pois a Uninter possibilitou a implementação das provas remotas que lhe deu condições de estudar “mesmo morando do outro lado do oceano”. Indiamaris argumenta que “um professor pesquisador tem que ter a habilidade de estudar sozinho e ser autodidata”.

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Autor: Kethlyn Saibert – Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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