Metodologias ativas no ensino de Física e Matemática

Autor: Juliana Telesse - Assistente de Comunicação Acadêmica

Durante a programação da 18ª edição do Encontro de Iniciação Científica e Fórum Científico (ENFOC), promovido pela Uninter, o painel “Metodologias Ativas no Ensino de Física e Matemática” reuniu docentes e estudantes para discutir abordagens pedagógicas inovadoras. A mesa realizada no dia 27 de agosto, contou com a participação dos professores Guilherme Augusto Pianezzer e Graziele Aparecida Correa Ribeiro. 

A atividade teve como objetivo apresentar o uso de metodologias ativas, que colocam o aluno como protagonista do próprio processo de aprendizagem. Entre as abordagens destacadas, estão a gamificação, a aprendizagem baseada em problemas (PBL) e a sala de aula invertida. O encontro promoveu reflexões sobre como essas estratégias podem ser aplicadas de forma crítica e intencional no ensino, tanto das ciências exatas quanto de outras áreas do conhecimento. 

O professor Guilherme Pianezzer, doutor em Métodos Numéricos e especialista em didática do ensino superior, ressaltou que muitas vezes essas metodologias são aplicadas de maneira superficial. “Não basta usar um jogo e chamar de gamificação. É preciso compreender os elementos que fazem o jogo funcionar, os estímulos, o comportamento gerado e os impactos pedagógicos disso. Caso contrário, o método perde seu potencial formativo”, explica. 

Entre os exemplos discutidos, a gamificação foi abordada como uma forma de gerar engajamento, mas também como um ponto de atenção. O professor alertou para os riscos de reforçar a competitividade em detrimento da colaboração, sobretudo quando o ranqueamento e as recompensas são utilizados sem considerar o perfil dos estudantes e o contexto de aprendizagem. 

Já a professora Graziele Ribeiro, mestre em Ensino de Ciência e Tecnologia, destacou a necessidade do planejamento na aplicação das metodologias ativas. “Para aplicar a sala de aula invertida, por exemplo, é preciso seguir suas etapas e objetivos. Não é apenas inverter a ordem da aula. Assim como na aprendizagem baseada em problemas, é fundamental compreender o que é um problema real, que exige múltiplas áreas do conhecimento para ser enfrentado.” 

Além das metodologias, os docentes também compartilharam experiências práticas e desafios vivenciados na formação docente. “Estamos preparando futuros professores para um cenário que exige muito mais do que domínio de conteúdo. É preciso formar cidadãos capazes de lidar com a complexidade, colaborar e buscar soluções sustentáveis”, reforçou Graziele. 

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Autor: Juliana Telesse - Assistente de Comunicação Acadêmica
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Reprodução Youtube


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