Língua inglesa como fator de competitividade para o país

Autor: José Benedito Caparros Junior*

A globalização é um processo que é marcado pela aproximação entre diversas sociedades ao redor do mundo. Esse fenômeno ganha mais força a cada ano que passa, exigindo cada vez mais dos brasileiros. Afinal de contas, já faz alguns anos que profissionais e empresas passaram a competir globalmente, em busca de melhores oportunidades e resultados. Neste contexto, a língua inglesa possui importância indiscutível para os negócios, já que é o idioma mais utilizado para troca de informações ao redor do mundo.

De acordo com uma pesquisa realizada pela EF Education First, publicada em 2021, o domínio da língua inglesa pode aumentar a competividade econômica de um país. Isso ocorre porque os países que possuem um elevado número de empresas com colaboradores fluentes na língua inglesa tendem a operar mais no âmbito internacional, gerando mais receitas.

Além disso, a pesquisa aponta que o ambiente de inovação de um país possui relação com a fluência em língua inglesa de sua população. Isso ocorre porque os países tendem a trocar informações de modo mais dinâmico com empresas, instituições de ensino e centros de pesquisa estrangeiros.

No entanto, o Brasil possui baixa proficiência na língua inglesa. No ranking EF EPI 2021, o Brasil se encontra 60º lugar, atrás de Portugal (7º), Argentina (30º), Bolívia (41º), Cuba (43º), Paraguai (44º), Chile (47º), Uruguai (53º), por exemplo. Mas por que o Brasil é tão mal colocado nesse ranking?

Infelizmente, não existe uma resposta simples para essa pergunta, pelo contrário. De acordo com o relatório “O Ensino de Inglês na Educação Pública Brasileira”, publicado em 2015 pelo Instituto de Pesquisas Plano (CDE) para o British Council, o ensino de língua inglesa enfrenta os mesmos desafios que outras disciplinas: falta de planejamento, investimentos em infraestrutura e qualificação dos profissionais da educação. Mas além disso, o relatório também aponta para desafios particulares do ensino de língua inglesa: o inglês não é considerado relevante dentro da base curricular de escolas públicas brasileiras.

Mas em um mundo cada vez mais globalizado, esforços para que a língua inglesa se torne mais popular e priorizada em nosso país deveriam ser fortemente considerados pelo Poder Público, de modo que mais oportunidades possam ser criadas para os cidadãos e para o país.

* José Benedito Caparros Junior é internacionalista, mestre em educação e Coordenador dos cursos de pós-graduação na área de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Uninter.

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Autor: José Benedito Caparros Junior*
Créditos do Fotógrafo: Geralt/Pixabay


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