Justiça Eleitoral oferece benefícios a universitário que atuar nas eleições

Autor: Valéria Alves - Assistente multimídia

As eleições municipais deste ano acontecerão em novembro. Por essa razão, esse é um momento para que possamos nos preparar para votar de maneira responsável, afinal, nossas escolhas impactarão nossa qualidade de vida enquanto cidadãos. Sendo assim, essa é uma decisão extremamente importante e que deve ser analisada de forma consciente.

Mas, além de votar, há outros modos para contribuir com a democracia, um deles apresentado em live transmitida pelo curso de Ciência Política da Uninter. Como sabemos, a educação possui um papel fundamental no desenvolvimento do país, e, portanto, a Uninter se uniu ao projeto Universidade Amiga da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que incentiva os estudantes que se preocupam com a cidadania a participarem das eleições desse ano como colabores da Justiça Eleitoral, exercendo a função de mesário.

Segundo Lucas Massimo, coordenador de Ciência Política da instituição, essa é a função central da democracia, e ele explica o porquê citando a história eleitoral do nosso país e os casos de fraudes eleitorais, mostrando que quem atua nesse cargo ajuda a garantir a transparência das eleições.

“Existe um tipo específico de fraude que está diretamente relacionada com o trabalho do mesário chamada ‘bico de pena’, que é a adulteração das atas eleitorais. Desde 1932 houve um severo aperfeiçoamento, e hoje a justiça eleitoral consegue entregar em horas os resultados das eleições de um país com dimensões continentais. É claro que esse feito envolve muita tecnologia, mas a gente não pode esquecer que existem seres humanos por trás delas operando as urnas eletrônicas, assim como não podemos esquecer seus valores, a sua formação moral e seus valores cívicos que conferem sentido e lisura ao fenômeno da democracia”, diz ele.

O desembargador Tito Campos de Paula (presidente do TRE-PR), que participou da live como convidado, conta que teve a oportunidade de viajar por grande parte do estado do Paraná, e assim visitou 111 zonas eleitorais, que abrangem em média 200 municípios. Nisso, foi possível perceber a baixa participação de jovens e adolescentes de 16 e 17 anos nas eleições.

“Participando, ele vai começar a conhecer como funciona o lado de dentro da Justiça Eleitoral. A partir do momento em que ele conhece os membros, nós imaginamos que pode despertar no jovem um interesse de no futuro também participar do próprio processo político, e aí teríamos melhores quadros participando da política do nosso país. Esse é um projeto bom também para a universidade, pois é um projeto social que ajuda em toda a colaboração necessária e na formação do aluno, principalmente nessa área”, diz Tito.

Além disso, ele também compartilha do pensamento de que investir na juventude é acreditar no futuro, e por mais que aja a convocação de mesários prevista por lei, a ideia do projeto é desligar-se do conceito de obrigatoriedade para que os jovens possam participar de forma convicta e porque querem participar. Portanto, quanto maior for esse número, melhor será para a Justiça Eleitoral. Afinal, o objetivo é estimular essa participação.

“Nós pensamos que nada melhor do que quem já ingressou na universidade, pois o número de universitários no Paraná, por exemplo, ultrapassa a casa dos 300 mil. Nós precisamos de cerca de 85 mil pessoas para serem mesários, e se juntarmos os colaboradores que vão auxiliar em outras partes também, soma em torno de 120 mil pessoas. Se você é crítico e acha que o sistema político não está funcionando adequadamente, não basta criticar, temos que também praticar alguma ação, pois é através das nossas obras que demonstramos aquilo que pensamos”, afirma.

O projeto também reforça a importância da participação das mulheres na política, e incentiva as estudantes a participarem e trazerem suas vastas experiências de vida para a área política. De forma geral, quem participa possui alguns benefícios, entre eles:

  • Horas complementares;
  • Isenção da taxa de inscrição em concursos públicos do Estado;
  • Cada dia trabalhado como mesário dá direito a dois dias de folga no trabalho, sendo contato também o dia de treinamento;
  • Vantagem em caso de empate em concurso público;

Sobre os benefícios, Lucas Massimo reforça a importância das atividades complementares para a vida acadêmica, mas mais do que isso, de que essas atividades realmente complementem e façam diferença na formação. Segundo ele, essa é uma atividade em que você pode verificar como o ato de votar faz sentido na vida de eleitor, além de muitas outras possibilidades.

“A história eleitoral do país é muito rica e extensa, mas nossa democracia é muito jovem. As pessoas aprendem a votar votando. É cuidando da nossa rua e do nosso município que nós vamos conseguir aperfeiçoar o país, e é isso que está em jogo nas eleições de 2020. Precisamos de eleitores informados, que entendem o que são atos lícitos e ilícitos, e isso passa pela conscientização de todos”, conclui.

Em relação à pandemia, de acordo com o professor da UniOpet Frederico Almeida, também convidado para a live, a Justiça Eleitoral vem discutindo a forma mais segura para se realizar as eleições desde o início do contágio. Portanto, todas as medidas necessárias irão ser adotadas para isso. “Nós vamos realizar o treinamento e temos a opção de realizá-lo de forma online, então aqueles que irão participar podem ficar tranquilos porque o processo está sendo preparado de forma segura”, destaca.

Se você possui interesse em se inscrever para o projeto, clique aqui. Para mais informações, você também pode acessar esse link. Ainda, se você deseja assistir a transmissão que aconteceu no dia 14 e se chama Justiça Eleitoral no Futuro: Projeto Universidade Amiga da Justiça Eleitoral e Projeto Gralha Confere, você encontra mais informações sobre esse tema. Nela, estiveram presentes todos os citados acima, e foi mediado por Débora Veneral, diretora da Escola de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança da Uninter, e você também pode acessá-la aqui.

Projeto Gralha Confere

Além do Universidade Amiga da Justiça Eleitoral, a live também falou sobre o projeto Gralha Confere, criado com o objetivo de combater a desinformação durante as eleições (o nome remete à gralha azul, símbolo do Paraná). Nesse período, é possível enviar mensagens e dúvidas pelo WhatsApp para o número +55041-98700-5100 sobre conteúdos que estão circulando nas redes sociais relacionados ao voto e ao processo eleitoral. Com isso, você poderá checar se o que foi publicado é verdadeiro ou falso.

Além disso, notícias sobre a veracidade de algumas informações podem ser encontradas no site https://gralhaconfere.tre-pr.jus.br/.

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Autor: Valéria Alves - Assistente multimídia
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: TSE e reprodução do Facebook


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