Intolerância é discutida por especialistas e representantes de grupos sociais

Alice Gonçalves – Estagiária de Jornalismo

“A intolerância é, em resumo, a incapacidade de amar o outro, que decorre da dificuldade em amar a si próprio”, explica Francis Meneghetti, doutor em Educação pela Universidade Federal do Paraná. Ele foi um dos palestrantes do debate Somos Intolerantes!?, realizado neste mês de outubro no campus Carlos Gomes da UNINTER, em Curitiba, com objetivo de discutir e esclarecer a intolerância em diversos contextos.

A intolerância pode se dar pela discriminação de raça, religião, opção sexual, política ou cor, e todas elas ferem a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Meneghetti salienta que a intolerância é uma atitude que começa quando a pessoa passa por uma vivência negativa com o sujeito que passou a odiar. “A intolerância tem um contexto social”, explica.

O vice-presidente da Sociedade Muçulmana do Paraná, Gamal Fouad El Oumairi, membro do Conselho Diretor da Associação de Ensino Inter-Religioso do Paraná (ASSINTEC), também participou do debate apresentando a realidade do pensamento islâmico. “As pessoas adquirem informações por meio da mídia. Esses meios muitas vezes não conhecem a verdadeira realidade islâmica, e assim contribuem para a criação de preconceitos a partir de ideias erradas”, diz.

A intolerância surge no cotidiano das relações humanas, fundada em sentimentos e crenças religiosas. Por isso, a mesa de debate contou ainda com a participação da assistente social da Cáritas Brasileira Regional Paraná, Elizete Oliveira, e da mãe de santo Isabel Gonçalves. Elas falaram sobre o preconceito e a discriminação no meio em que vivem e trabalham.

O coordenador do bacharelado em Serviço Social da Uninter, Dorival da Costa, destacou a importância desta discussão, principalmente na atualidade. Segundo ele, o diálogo com o diferente é essencial para formar pessoas com grande capacidade de atuação nas políticas sociais.

Edição: Mauri König

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