II Congresso Nacional de Humanidades amplia o diálogo sobre meio ambiente

Autor: Leonardo Tulio Rodrigues – Estagiário de Jornalismo

Em 2021, o meio ambiente foi uma pauta central nas discussões políticas em todo o mundo. A preocupação com a saúde do nosso planeta vem alertando governos e organizações que buscam criar alternativas para frear o aquecimento global e diminuir os impactos sofridos pelo planeta.

O relatório do IPCC (Painel Intergovenamental sobre Mudanças Climáticas, em tradução), publicado em agosto deste ano pela Organização das Nações Unidas (ONU), alerta sobre o perigo de danos irreversíveis ao planeta Terra. De acordo com o estudo, se medidas urgentes para mudar o cenário não forem tomadas, milhões de pessoas em regiões como Ásia, Oriente Médio e África sofrerão consequências severas.

Um estudo coordenado pelo Instituto de Pesquisas Socioambientais (World Resources Institute – WRI) sobre a qualidade do ar no Brasil revela que a poluição do ar provoca cerca de 51 mil mortes por ano, resultado da não implementação de políticas públicas específicas por parte do governo.

Buscando promover a reflexão sobre a temática, o II Congresso Nacional de Humanidades da Uninter recebeu Abimar Moraes, doutor em Teologia Pastoral e Catequética pela Pontifícia Universidade Salesiana de Roma, para falar sobre a crise socioambiental e o papel das ciências humanas e sociais diante dessa realidade.

Para Abimar, é de fundamental importância que a academia reflita sobre o preocupante cenário de crise socioambiental, independentemente da área de atuação dos cursos. “Temos que ter sensibilidade, atenção e compreensão do papel fundamental que nós, que produzimos ciências humanas e sociais, temos no enfrentamento a essa questão”, diz. Ele explica que a questão ambiental foi se tornando cada vez mais delicada na medida em que avançou o processo de industrialização mundial.

Para que isso seja feito, Abimar destaca a iniciativa denominada Ecologia Integral que, em suas palavras, significa “cuidar da casa comum”. A ideia é a de que a atual crise socioambiental é reflexo da união de diversas outras crises do nosso mundo e que devemos buscar a reconciliação da humanidade consigo mesma para reverter a situação.

Junto a isso, ele ressalta outras duas importantes iniciativas no combate à degradação ambiental: os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) desenvolvidos pela ONU, e a Laudato si’, uma encíclica do Papa Francisco que critica o consumismo e convoca as pessoas a repensarem sua forma de vida.

“É uma única crise que assola a humanidade, perpassando o humano, o social e o ambiental. Temos que entender a importância do desenvolvimento técnico e tecnológico e dialogar sobre a temática ambiental”, conclui Abimar.

O evento, que ocorreu no dia 3 de dezembro, foi conduzido pelos professores Adriano Souza Lima e Cícero Bezerra, da área de humanidades, e contou com as participações da professora Valéria Pilão, do curso de Serviço Social, e de Gilberto Aurélio Bordini, doutor em Teologia pela Pontifícia Universitá Della Santa Croce de Roma, Itália.

Clique aqui para acompanhar a transmissão na íntegra.

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Autor: Leonardo Tulio Rodrigues – Estagiário de Jornalismo
Edição: Arthur Salles
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Felix Mittermeier/Pexels e reprodução


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