Habilidades socioemocionais começam desde a infância

Autor: Kethlyn Saibert - estagiária de jornalismo

Desenvolver habilidades socioemocionais não é uma tarefa fácil, requer autoconhecimento e autocontrole. Para falar sobre esse tema, o programa Por Dentro da Pós, exibido na TV Profissão, rede de televisão do Grupo Uninter, recebeu o convidado Reginaldo Daniel da Silveira, docente, psicólogo e coach. A edição foi apresentada pela professora Gisele Groehler Giesel.

As habilidades socioemocionais são imprescindíveis para qualquer pessoa. Trata-se da capacidade do indivíduo em reconhecer e avaliar suas próprias emoções para ter uma convivência mais saudável e enriquecedora. Para o convidado do programa, o primeiro passo para entender nossas emoções é termos ciência de que todo ser humano é um fluxo, e, portanto, está em constante mudança.

Dentro dessa perspectiva, o psicólogo afirma que é importante começar a trabalhar as habilidades socioemocionais ainda na infância. Reginaldo dá o exemplo de crianças que sofrem ou praticam bullying: “Toda criança que teve um desenvolvimento socioemocional precário é uma criança reclusa. Ela internaliza dentro de si a ideia de que os outros não se interessam por ela. Então, ela por vir a ser aquele que sofre o bullying ou ser aquele que faz o bullying. A gente encontra no perfil dessas crianças históricos de vida difíceis relacionados ao pai ou a mãe, ou aos dois”, afirma.

Neste sentido, quando há problemas de bullying na escola tanto o agressor quanto a vítima precisam de atendimento psicológico. Reginaldo diz que o agressor não percebe o mal que faz, pois não tem empatia. “Na ausência de habilidades socioemocionais, eu não consigo perceber o sofrimento do outro como algo que eu devo ajudar. Só percebo que de alguma forma eu projeto em alguns um sentido vingativo daquilo que acontece comigo”, explica o psicólogo.

Reginaldo ainda comenta que a escola tem um papel importante para identificar o bullying e criar alternativas, como programas e dinâmicas onde os alunos se sintam acolhidos e pertencentes ao grupo. É no sentimento de pertencimento que os pequenos desenvolvem resiliência individual e social. “É na escola onde o aluno expande suas relações sociais”, diz.

A importância da resiliência

“A resiliência tem o lado individual, mas começa no social. De onde uma pessoa consegue arrumar forças para superar sofrimentos?”, indaga o professor. Ele dá os exemplos de vida como Charles Chaplin e Oprah Winfrey que tiveram infâncias difíceis, mas superaram e se tornaram adultos de sucesso. Chaplin foi abandonado pelo pai; Oprah sofreu abuso sexual na infância. “A dor é inevitável, o sofrimento é uma opção”, reflete Reginaldo.

Buscar diálogo e acompanhamento psicológico fazem parte do processo, independente se for um adulto ou uma criança. A resiliência começa com a disciplina. É importante criar hábitos para desenvolver autoconhecimento e autocontrole. É na reflexão que identificamos nossas emoções.

Assista à discussão completa de Reginaldo no  programa Por Dentro da Pós. Toda a programação da TV Profissão você encontra no Youtube e no site oficial.

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Autor: Kethlyn Saibert - estagiária de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski


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