Engenharia Biomédica se mostra promissora no mercado de trabalho

Autor: Flávio Ducatti - estagiário de jornalismo

A formação em Engenharia Biomédica é relativamente nova, se comparada às outras engenharias. Além disso, o curso ainda está disponível em poucas instituições do ensino superior.

No entanto, é uma profissão com grande potencial e que vem crescendo nos últimos anos, especialmente na área da saúde. O engenheiro desta área deve estar habilitado para aplicar os conhecimentos das Ciências Exatas e da Saúde na criação de equipamentos médicos, biomédicos e odontológicos, englobando os conhecimentos de biologia, física e química para desenvolver soluções nas áreas da saúde.

A consolidação da profissão resulta na sua presença na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) e resolução específica do engenheiro biomédico no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), com a legislação 1103/2018.

No entanto, com o mercado em crescimento, a falta de profissionais formados na área é uma realidade. “O que tem de profissionais formados até hoje não é o suficiente para atender o número de empresas que precisam”, ressalta o professor de Engenharia Biomédica da Uninter Ederson Cichaczewski.

Durante o período mais crítico da pandemia, a profissão ganhou ainda mais espaço e visibilidade. A função mais conhecida é a construção de máquinas e equipamentos médico-hospitalares para prevenção, diagnósticos e tratamentos de problemas de saúde, mas o profissional pode atuar em engenharia clínica, biosensores, próteses e órteses, biomecânica, neuroengenharia e instrumentação biomédica.

“O mercado de trabalho vem crescendo nos últimos anos. Tem um leque gigante de tecnologias que vão vir a ser incorporados na área da saúde, tem a inteligência artificial, internet das coisas, blockchain, realidade aumentada, realidade virtual. São muitas possibilidades de aplicação na área da saúde que nós, da engenharia biomédica, temos que estar constantemente se atualizando”, explica a professora e engenheira biomédica Mariana Brandão.

Outro setor que deve ter crescimento é a Engenharia Biomédica aplicada à Medicina Veterinária, como explica Mariana Brandão. Inclusive, muitas tecnologias utilizadas na Medicina podem ser utilizadas também no tratamento animal.  “A gente vê que as tecnologias elas são quase iguais, muda algumas questões, mas elas são semelhantes inclusive tem linhas de equipamentos médicos para humanos que podem ser adaptados para animais”, complementa Mariana.

O mercado de trabalho e as perspectivas para o futuro em Engenharia Biomédica foi tema do evento realizado pela Escola Politécnica Uninter (EPU) no dia 16 de setembro de 2022. Para o bate-papo, o professor Ederson Cichaczewski recebeu a especialista em Engenharia Clínica Mariana Ribeiro Brandão. Confira a transmissão na integra neste link.

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Autor: Flávio Ducatti - estagiário de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski


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