Em Afuá, a educação navega pelas águas do Amazonas

Autor: Leonardo Tulio Rodrigues – Estagiário de Jornalismo

Marlene da Silva Brito e Regiane da Costa, colaboradoras da Uninter em Afuá, na Ilha de Marajó.

A Ilha de Marajó (PA), maior ilha fluviomarítima do mundo, possui 12 municípios em uma área equivalente ao território do estado do Rio de Janeiro. Um deles é Afuá, situado a 255 km de Belém (PA) e 85 km de Macapá (AM). Banhada pelo Rio Amazonas, a cidade tem grande parte de suas casas construídas sobre palafitas, uma estratégia da população para contornar as cheias recorrentes.

As águas representam uma benção e um desafio para os moradores da ilha, onde só se chega de avião ou em embarcações como barcos, lanchas e navios. Esses desafios, no entanto, não são impeditivos para que a equipe do polo da Uninter em Afuá leve o ensino superior aos moradores, por meio da educação a distância. Com 36 mil habitantes, a cidade conta com um polo de apoio presencial desde 2018.

Em meio ao regime de cheias, com as águas do Amazonas cobrindo áreas que antes eram usadas por pedestres, as colaboradoras Marlene da Silva Brito e Regiane da Costa contornam as dificuldades para fazer a divulgação dos cursos da instituição. Elas usam uma canoa para se locomover pela região, um esforço da equipe do polo para levar a todos o acesso à educação.

Marlene trabalha há três anos no polo e conta que as cheias já são esperadas pela população. “Em uma tarde, tudo estava alagado e nós tínhamos marcado um encontro para divulgação em outro ponto da ilha. Nós fomos até lá mesmo com a água na altura do joelho”, diz.

Elas estão acostumadas a esse meio de locomoção, assim como todos os habitantes da ilha. Automóveis não são autorizados a circular em Afuá, então cerca de 75% da população local utiliza bicicletas para se locomover na cidade. Os barcos são o principal meio para se deslocar ao longo do Rio Amazonas.

Marlene explica que a Uninter foi pioneira na educação superior da região, ao instalar o polo de EAD em 2018. “A cidade ainda não tinha polos [de EAD], somente faculdades que vinham modularmente em convênio com a prefeitura. Sempre fomos vistos aqui como uma empresa educacional respeitada e segura”, afirma.

Pensando na logística de divulgação dos cursos, o polo já planeja realizar ações e transportar os colaboradores de diferentes maneiras. “Temos um projeto para ir às redondezas do município este ano. Vamos usar ou barco de maior porte ou lanchas”, salienta Marlene.

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Autor: Leonardo Tulio Rodrigues – Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König


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