Egressa cria ateliê de artes como projeto social

Autor: Izadora Alves - Estagiária de Jornalismo

Segundo o educador, filósofo e pedagogo brasileiro Paulo Freire, “a educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo”. O pensamento parece ter inspirado Martianita Oliveira dos Santos, egressa de Licenciatura em Artes Visuais da Uninter, a buscar no ensino uma forma de mudar a realidade local.

Martianita unificou o desejo de tocar um ateliê artístico com a problemática da falta de oportunidades para crianças do campo. Seu trabalho de conclusão de curso (TCC), “As artes visuais no processo de consumo consciente e reaproveitamento de materiais recicláveis”, foi inspirado no trabalho do artista plástico Vik Muniz, que criou um projeto ecologicamente sustentável e levou a egressa à especialização em Educação no Campo.

As atividades do espaço artístico são diversas, tais como: percussão, reconhecimento de cultura local, pinturas em pedra e madeira, pinturas e esculturas. As atividades estimulam a melhor versão da criança pelo seu próprio interesse. Ampliando os exercícios, a idealizadora do projeto pretende incluir as mães, realizando um trabalho de valorização familiar com integração social.

A coordenadora pedagógica do polo de Santa Cruz do Sul (RS), Monica Eliza Malacarne, compartilha a satisfação ao falar sobre a participação de Martianita. “A sensação é de muita alegria, principalmente por ter alunas mulheres do campo que são corajosas e que não desistem dos seus sonhos. Enquanto polo Santa Cruz do Sul, enquanto Uninter, temos que nos orgulhar muito de pessoas que têm iniciativa para tirar o trabalho do papel”, afirma.

Martianita foi classificada no desafio educativo Desafio LED – Me dá uma luz aí!, promovido em parceria entre a Globo e o centro de ensino Mastertech. Voltado para alunos universitários, a iniciativa busca fomentar projetos educacionais, com soluções criativas para problemas reais, contemplando os vencedores com um investimento de R$300 mil. A egressa chegou até a segunda fase do desafio e comenta que, mesmo não alcançando a final, continuará ampliando seu trabalho no ateliê, que no mês de julho estará recebendo novos integrantes e contará com a participação dos filhos dela.

A artista enfatiza a satisfação em poder estudar no ensino superior, no qual sempre teve o suporte necessário para aprimorar seu olhar. “[A graduação] Me deu a visão sobre arte, que é minha paixão. Me preparou para usar a tecnologia e me deu aprimoramento profissional. Me acolheu com o tratamento especial, me fazendo parte do todo e não somente um número”, conclui.

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Autor: Izadora Alves - Estagiária de Jornalismo
Edição: Arthur Salles - Assistente de Comunicação Acadêmica
Créditos do Fotógrafo: Acervo pessoal


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