Deficientes visuais buscam visibilidade

Autor: Gabriel Prado - Estagiário de Jornalismo

Enxergar quer dizer perceber pelo sentido da visão. Mas, para aqueles que têm dificuldades em ver, ou mesmo nunca tiveram a percepção das coisas por meio da visão, é possível enxergar? Sim, é possível, ainda que não com os olhos. E mais importante ainda: é preciso ser visto e reconhecido pela sociedade.

Esse ano aconteceu o 5º Encontro do Movimento Brasileiro de Mulheres Cegas e com Baixa Visão, entre 24 e 27 de outubro, na Uninter, em Curitiba (PR), reunindo mais de 60 mulheres para debater questões ligadas à acessibilidade. O tema do encontro, realizado no campus Tiradentes, foi “Trabalho e empregabilidade das mulheres com deficiência visual”.

Ivone Santana, jornalista engajada com ações de inclusão e empregabilidade de pessoas com deficiência, foi uma das palestrantes. Ela falou sobre a necessidade de se buscar visibilidade para a causa e abordou aspectos técnicos da legislação que garante a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. “Falei um pouco dos riscos que as empresas correm ao não atender a legislação, e das oportunidades que elas perdem também. Estamos no período de corrigir essa exclusão de pessoas com deficiência na empregabilidade e gerar mais oportunidades para elas”, explica.

O grupo não luta apenas pela inclusão das pessoas com deficiência, mas também pela equidade de gênero. “Buscamos trazer reflexão e uma discussão da grande temática: a inclusão dos direitos da cidadania da mulher e da mulher com deficiência”, enfatiza gerente de projetos do IBGPEX (Instituto de Responsabilidade Socioambiental da Uninter), Adenir Fonseca dos Santos.

A egressa da Uninter Vera Cristina dos Santos, graduada no curso de Marketing Digital, percebeu a importância de lutar por seus direitos e passou a atuar junto ao movimento. “Conversei com os responsáveis e pedi para participar, e hoje faço parte. Porque procuro emprego já faz alguns anos, pelo fato de ter dificuldades de ir e vir. Mas por enquanto, estou num coral musical, porque esse é meu dom, a música”, explica Vera, que é deficiente visual e motora.

Durante o evento, Vera fez uma apresentação musical. Ela relata que busca divulgar a causa através das redes sociais, pois acredita que pessoas com deficiência precisam ganhar visibilidade na sociedade para conquistar seu lugar no mercado de trabalho.

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Autor: Gabriel Prado - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Gabriel Prado - Estagiário de Jornalismo


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