A deficiência visual não os impede de enxergar

Foi com a participação de três profissionais, exemplos em suas funções, que a palestra “Entre discursos e práticas de inclusão: deficiência visual”, promovida pelo Serviço de Inclusão e Atendimento ao Aluno com Necessidades Educacionais Especiais da UNINTER (SIANEE), explorou, com as experiências dos próprios palestrantes, conceitos sociais e educacionais a respeito da inclusão.

O primeiro palestrante foi o Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, cuja visão foi perdida aos 23 anos, enquanto ele ainda cursava Direito. Formado, tornou-se então o primeiro Juiz cego do Brasil.

Fonseca discutiu a importância dos direitos conquistados pela comunidade de pessoas com deficiência. “A deficiência é um fator social, não clínico. É uma característica pessoal e não uma doença”, afirmou ele. O desembargador destacou ainda o contexto social e toda a discussão que ocorre a respeito da inserção cultural e a normatização necessária para que a pessoa com deficiência possa se adequar como qualquer outra.

Em seguida vieram os professores Paulo Ross, pesquisador de educação cognitiva e Enio Rodrigues Rosa, presidente do Instituto Paranaense de Cegos (IPC). Eles aprofundaram o discurso a respeito da posição social das pessoas com deficiência e da posição da sociedade para com tais pessoas. “A responsabilidade sobre o social é de todos, sobre a acessibilidade, é de todos”, alertou Ross.

 

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