Classe C molda o avanço do setor imobiliário

Vista aérea do Parque Barigui e a cidade. Curitiba, 12/10/2005 Foto: Michel Willian/SMCS

 

Heloisa Alves Ribas – Estagiária de Jornalismo

A economia está em constante mudança em todo o mundo. Deste modo, o mercado busca driblar as crises financeiras buscando atrair a maior quantidade de consumidores, oferecendo melhores condições para compra. Entretanto, com essas constantes transformações na economia, a nova classe C vem se destacando como consumidores que buscam pelo “custo-benefício”.

É sobre esse tema que a revista científica Organização Sistêmica, da Uninter, trata no artigo “Marketing imobiliário para a nova classe média”, do economista Fernando Dall’ Azen, egresso do curso de MBA em Administração e Marketing da instituição. A pesquisa investigou o fenômeno social de migração da nova classe média evidenciando o perfil desses consumidores.

“O consumidor brasileiro da classe C, nas últimas décadas, deixou de ser visto apenas como um coadjuvante no cenário econômico e passou a ocupar um papel de destaque. Diferente de 20 anos atrás, quando a concorrência no mercado era menor e os produtos menos acessíveis, hoje existe uma grande concorrência, o que gera uma guerra de preços e economia mais equilibrada”, ressalta Dall’ Azen em seu artigo.

O pesquisador destaca que essa projeção da classe C começou em meados em 1992, mas de forma mais intensa desde 2003. “A partir do momento em que a oferta de crédito se expandiu e a renda começou a aumentar, a classe C emergiu com demanda reprimida pelo consumo, com destaque pela casa própria”. Seus estudos apontam que a questão do marketing, investimentos em pesquisa e outras demandas deste setor precisaram se reinventar diante desta realidade popular.

Desta forma, o autor aponta que existem dois tipos de consumidores. O de perfil consumista, que compra de maneira exagerada, e o perfil do planejador, mais moderado. Mas existe ainda um perfil de consumidor que se encaixa entre esses dois: o retraído, que varia segundo cada situação. “Entender que a classe C é formada por consumidores de comportamentos tão distintos quanto estes é de fundamental importância para os empresários”, recomenda o pesquisador.

Segundo dados da pesquisa, a classe C está localizada maioritariamente em regiões urbanas (89%) da população. Destacando o Sul, com 61%, Sudeste, com 59%, e Centro-Oeste, com 56% da classe. Dall’ Azen explica que muitas empresas que antes focavam nas classes A e B hoje já produzem especialmente para a classe consumista emergente (a C). Quanto maior o foco nesta classe, maior é a necessidade se conhecer a fundo esses consumidores.

Clique aqui para ler os artigos da revista científica Organização Sistêmica.

Edição: Mauri König

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