Avanços da era pós-genômica são lembrados no dia do DNA

Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo

25 de abril é conhecido como o Dia Mundial do DNA. A data busca relembrar a descoberta do genoma em 1953 e os avanços promovidos por essa descoberta ao longo das últimas sete décadas. Publicada no artigo dos pesquisadores Francis Crick, James Watson e Maurice Wilkins na revista científica britânica “Nature”, a estrutura tridimensional do DNA representou uma revolução na biotecnologia mundial.

O biomédico e coordenador do curso de Biomedicina da Uninter, Benísio Ferreira Filho, explica que daquele ponto em diante, todos que atuavam na área de ciências biológicas entenderam que, compreendendo e dominando as informações sobre o DNA, seria possível revolucionar a medicina e a própria biotecnologia. “A biologia tinha uma enorme necessidade de explicar através de estimativas e probabilidades. A partir dessa descoberta, passou a se desenvolver tecnologia para manipular diretamente o DNA”, diz.

Benísio conta que os estudos publicados ao longo do século XX mostraram que os seres humanos possuíam características especificas de sua espécie por conta de informações contidas no DNA. A partir disso, ficou entendido que a compreensão do genoma traria um maior conhecimento sobre o funcionamento desses organismos.

Muitas foram as técnicas de manipulação do genoma desenvolvidas, o que beneficiou os seres humanos com melhores formas de diagnosticar doenças e com planejamento biotecnológico. Na década de 1980, a produção de insulina humana – que substituiu as insulinas bovinas e suínas – assim como o nascimento dos primeiros transgênicos foram exemplos de grandes avanços proporcionados pela descoberta da estrutura do DNA.

O Projeto Genoma Humano (1990-2003), que teve o objetivo de determinar os pares de bases que compõem o DNA humano e identificar, mapear e sequenciar todos os genes do genoma humano, foi um marco na história dos estudos sobre o tema. “Passamos a ter um nível de precisão muito alto para identificar mutações genéticas e prevenir doenças futuras”, conta o coordenador.

Apesar dos avanços, Benísio afirma que, com a tecnologia que temos hoje, ainda não podemos fazer qualquer tipo e intervenção direta, como reprogramar o DNA para curar doenças. “Acredito que em breve nós tenhamos muitos outros benefícios”, ressalta.

Benísio Ferreira Filho foi o convidado da edição especial do programa Saúde em Foco, transmitido pela Rádio Uninter em 25 de abril. Comandado pela jornalista Barbara Carvalho, o programa abordou a descoberta do DNA e os avanços na área ao longo das últimas décadas.

Assista ao programa Saúde em foco pelo canal de Youtube da Rádio Uninter.

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Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Reprodução Youtube


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