Audiovisual pode ser ferramenta de transformação social

Autor: Renata Cristina - estagiária de jornalismo

Transformar a realidade da comunidade na qual se está imerso nem sempre é tarefa fácil. Isso requer iniciativa, recursos e dedicação de tempo, além de abdicar de interesses pessoais. Mas, os resultados que podem ser alcançados fazem a empreitada valer a pena. Foi por isso que o egresso de Bacharelado em Teologia Doutrina Católica e pós-graduando em Gestão em Rádio e Mídias Audiovisuais da Uninter Dado Galvão decidiu agir e dedicar-se à promoção de projetos sociais.  

Percebendo a realidade a qual vive, Galvão que também é documentarista, decidiu criar iniciativas para transformar o município de Jequié, localizada a mais de 360 quilômetros da capital Salvador, na Bahia. Uma delas foi ofertar uma oficina de vídeos sobre audiovisual, cinema e documentário com foco na dignidade humana, ressaltando que a escola pública tem seu papel. “Eu dei exemplos de como eu comecei a produzir, que foi na escola pública também. O início da minha jornada foi em escolas públicas e utilizei muito conteúdo que eu produzi’’, diz.  

A Bahia é o sexto estado mais violento do Brasil. Nos primeiros seis meses de 2022, o estado registrou o maior número de mortes violentas do país, segundo o Monitor de Violência do G1. Nesse cenário, Dado destaca que trabalhar conteúdos atrelados à realidade do município se torna fundamental para promover mudanças. ‘’Sempre atento para as questões locais, que é uma importante ferramenta pra você transformar a realidade do seu bairro, da sua cidade, e aí sucessivamente, do estado e, por que não, do país’’, avalia. 

Uma das ações foi realizada no dia 8 de agosto, quando o documentarista promoveu uma oficina de vídeo em escolas estaduais. Para ele, o audiovisual é um importante componente para o ensino, visto que há um longo processo de apuração para fazer um conteúdo. ‘’Falando da importância do ano que estamos vivendo, também da questão de produzir um conteúdo com base, fundamentação e verificando aquele conteúdo’’, ressalta Galvão.  

Transformação em movimento 

Outro projeto idealizado por Dado foi o Movimento Ciclo-olhar com participação de ciclistas de diversas regiões do Brasil e que visa ao compartilhamento de imagens com paisagens ao fundo, mostrando a importância de manter-se em movimento. O Ciclo-Olhar chegou também às escolas municipais de Jequié, por meio de projeto apoiado pela Lei Aldir Blanc.  

No dia 19 de agosto, foi realizado o primeiro Ciclo-olhar na Escola, projeto que visa mobilizar estudantes de escolas municipais da zona rural e urbana. Por meio da iniciativa, estudantes de 12 a 16 anos têm contato com os conteúdos produzidos pelo documentarista. Até agora, foram realizados em duas escolas da zona rural. Os conteúdos foram ministrados por professoras durante aulas anteriores, e no primeiro dia, Galvão pretende ter uma troca de conhecimento e produzir vídeos e textos sobre a bicicleta no contexto da cidadania e da comunicação. 

Após o contato com o conteúdo, a ideia do projeto é que estudantes produzam redações que serão destinadas a ciclistas, o Escreva para um(a) Cliclista. A melhor redação da zona rural e a melhor da zona urbana, serão premiadas com bicicleta com placa refletiva do movimento, sinalizadores e capacete. 

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Autor: Renata Cristina - estagiária de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal