Ano novo, emprego novo: como lidar com a mudança de carreira?

Autor: Barbara Carvalho - Jornalista

É normal que em todo início de ano tenhamos uma enxurrada de listas de metas e objetivos a serem alcançados nos próximos doze meses. Nessa época, se tornam comuns resoluções em que cada um analisa e constata qual a área da vida precisa de uma mudança. Entre dinheiro, saúde, família e outros temas, a área profissional está no topo da lista de muitas pessoas.

Uma pesquisa realizada pelo LinkedIn, em dezembro de 2021, com mais de mil pessoas, mostrou que 49% dos entrevistados consideravam mudar de emprego no próximo ano. O número cresce entre os profissionais mais jovens (16 a 24 anos) para 61%. Fatores como a busca por melhores salários, conciliar vida pessoal e profissional e até incômodos pessoais como a “síndrome do impostor” influenciam diretamente para mudar de carreira.

Perder ou trocar de emprego está entre os dez acontecimentos mais estressantes da vida, e mesmo quando estamos atrás de mudanças, novos caminhos profissionais trazem questões que não sabemos como lidar. “Mudar de carreira, seja por vontade própria ou necessidade, pode trazer muita alegria e esperança, mas também gera autoestresse e autocrítica”, afirma Alanna Della Possa, aluna de Jornalismo da Uninter.

Alanna conta com uma primeira graduação em Letras e atualmente trabalha como professora. Ingressou no curso da Uninter em 2021, mudando de carreira para realizar um sonho antigo de ser jornalista. “Eu sempre quis jornalismo, desde o começo do ensino médio, mas quando chegou a minha vez de prestar vestibular lá em 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a exigência de diploma para exercer a profissão, o que acabou frustrando minha vontade na época”, relata.

Para a estudante, devemos analisar com muito cuidado e sabedoria o momento em que decidimos mudar de profissão. Algumas avaliações devem ser feitas a fim de evitarmos futuras frustações. Um dos pontos a serem julgados é se a mudança a ser feita é de carreira, emprego ou função. Vale a pena pensar se a vontade é de realmente mudar a sua trajetória profissional, ou se essa vontade não passa de um descontentamento com o seu local atual de trabalho.

A idade também é outro fator que pesa na balança quando decidimos fazer alguma mudança na vida. Para muitos, só é possível mudar de carreira na jovialidade. Para Alanna, o mais importante é colocar a vontade acima da idade. “Eu tinha 28 anos e achava que estava muito tarde para recomeçar […] Quando finalmente entendi que era melhor me jogar de cabeça nessa nova escolha, ao invés de me arrepender pelo resto da vida, a idade deixou de ser um empecilho. Muito pelo contrário, passou a ser um diferencial”, afirma.

Consultar as vagas existentes no mercado, mapear habilidades existentes e relevantes, pensar em novos contatos e planejar todos os fatores para a transição também são outros pontos que devem ser levados em consideração no momento da mudança de carreira. “Pensar em começar tudo do zero também me fez pensar mil vezes antes de começar. Seria muito mais fácil eu continuar dentro da minha zona de conforto. Mas acredito que, ao balancear buscar a felicidade e os desafios, eu escolhi recomeçar”, conclui Alanna.

As dicas foram cedidas para o projeto Student Voices do Uninter Global Hub. Para conferir o material na íntegra, acesse o link.

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Autor: Barbara Carvalho - Jornalista
Edição: Arthur Salles - Assistente de Comunicação Acadêmica
Créditos do Fotógrafo: Pixabay e reprodução YouTube


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