Aluno de Psicopedagogia aplica método para tratamento de autismo em escolas municipais

Autor: Célia Rennó - Jornalista

Guilherme Bastos é professor da área de Automação e Robótica na Universidade Federal de Itajubá (Unifei), no sul de Minas Gerais, há 17 anos. Ele também é aluno da Uninter, onde cursa Psicopedagogia no polo local da cidade. A escolha por uma área tão diferente daquela em que atua profissionalmente tem um motivo especial: a descoberta de que sua filha é autista, há dois anos e meio, quando a menina tinha 1 ano de idade. Ao se confrontar com essa realidade, o professor Guilherme debruçou-se sobre os estudos a respeito do autismo e acabou identificando em si próprio a mesma condição da filha.

Com o aprofundamento nos estudos, Guilherme firmou parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Itajubá através de um projeto de extensão com a Unifei, e hoje atua em 3 escolas municipais aplicando princípios da ABA (Análise do Comportamento Aplicada), com o intuito de dar suporte às crianças com necessidades especiais.

Segundo a Autismo e Realidade, associação de pais e profissionais de saúde, a Análise Aplicada do Comportamento (a sigla ABA vem do inglês Applied Behavior Analysis) trabalha os princípios da aprendizagem para incentivar comportamentos positivos e a aquisição de novas habilidades por meio de práticas intensas e reforço direcionado.

Programas baseados na ABA são atualmente vistos como tratamentos de primeira linha para o Transtorno do Espectro Autista no início da infância, com resultados significativos na melhora do desempenho cognitivo, habilidades linguísticas e comportamento adaptativo.

Guilherme também utiliza sua rede social para informar sobre o autismo, divulgando informação de qualidade. Um de seus posts diz: “Crianças autistas evoluem demais desde que tenham intervenção precoce e um olhar totalmente dedicado e sensível da família e escola! Minha filha é a prova viva disso! Hoje ela estabeleceu um contato com o irmão que jamais teve! Antes ela o ignorava e o afastava… Somos insistentes e não desistimos jamais!!! Ela pode e consegue!!!”

O curso de Psicopedagogia, segundo Guilherme, o ajuda a entender mais profundamente as dificuldades de aprendizagem das crianças com autismo. Dessa forma, ele afirma que pode ajudar a filha e outras pessoas na superação dessas dificuldades. “Como hoje realizo pesquisa na área de tecnologia e autismo, é fundamental que eu entenda mais profundamente esse processo de aprendizagem humana para que eu possa realizar o desenvolvimento de tecnologias mais robustas e direcionadas”, explica Guilherme.

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Autor: Célia Rennó - Jornalista
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal


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