Aluna de Teologia parte para a África como missionária

Autor: Mauricio Geronasso - Estagiária de Jornalismo

Guiné-Bissau, país da costa atlântica ocidental da África, já enfrentou diversas guerras. Apenas na década de 1970 deixou de ser colônia portuguesa, quando se encerrou o conflito por sua independência. Grande parte do país sofre com a falta de água potável e energia elétrica. A miséria que assola o território faz com que seja considerado um dos países mais pobres do mundo.

Na capital Bissau, o mercado de peixe à beira do porto retrata a economia primária do país: peixes frescos, secos e até mesmo podres, utilizados para temperos, são comercializados a céu aberto. Uma pequena parcela da população fala o português, língua oficial, mas no dia a dia a linguagem predominante é o crioulo, uma mistura da língua dos colonizadores com o dialeto africano. A economia familiar gira em torno das mulheres, que atuam com chefes em suas casas, além de serem responsáveis pelos estudos das crianças e adolescentes.

Voluntários de diversos países vão à Guiné-Bissau para trabalhar em projetos missionários. No Paraná, a Regional Sul 2 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) assumiu em 2014 o compromisso de enviar missionários para viver junto ao povo da Guiné e transmitir o testemunho de Jesus Cristo. A iniciativa é uma parceria com a Diocese de Bafatá, em Quebo, que fundou a “Missão Católica São Paulo VI”, atuando em três âmbitos: evangelização, saúde e educação.

“A Igreja, povo de Deus, é em sua natureza missionária e existe para anunciar o Evangelho a todos os povos. Assim, a missão ‘Ad gentes’ é o chamado a anunciar Jesus Cristo aos povos que não o conhecem”, explica Maiane Martins, aluna do curso EAD de Teologia Católica na Uninter.

Maiane atua como fonoaudióloga, além de auxiliar com a catequese na paróquia. Missionária desde sua iniciação na vida cristã, inscreveu-se em 2018 para atuar com o povo africano, sendo acolhida como vocacionada em 2020. “A transmissão de fé da minha família, que sempre serviu à Igreja, é algo muito forte na minha vida, sobretudo na minha vocação como catequista, a exemplo da minha mãe”, conta ela.

A opção pelo curso de Teologia surgiu como desejo de iluminar a experiência de Deus na sua vida e na do próximo. A Uninter foi sua escolha pela seriedade da instituição e por ter Dom José Antônio Peruzzo na equipe de professores.

No último dia 29 de agosto, foi celebrada uma missa, presidida pelo bispo Dom Edgar e por Dom Edgar Xavier Ertl, na Paróquia Imaculada Conceição, em Dois Vizinhos (PR), celebrando o envio da missionária à África.

Um dos grandes desafios que Maiane espera enfrentar é o da inculturação – a adaptação da liturgia cristã para não cristãos. Com a certeza de que tem no coração o chamado à vocação missionária, e que o terreno da missão é aquele por onde os pés do missionário estão a pisar, termina citando as palavras do Papa Francisco: “Viver a missão é aventurar-se no cultivo dos mesmos sentimentos de Cristo Jesus e, com Ele, acreditar que a pessoa ao meu lado é também meu irmão, minha irmã. Que o seu amor de compaixão desperte também o nosso e, a todos, nos torne discípulos missionários”.

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Autor: Mauricio Geronasso - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal


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