Alana Peters estuda para mudar o mundo. O caminho certo ela já encontrou

Autor: Gabriel Prado - Estagiário de Jornalismo

Muitos jovens universitários sonham com a possibilidade de estudar no exterior. Em algumas áreas, como a de relações internacionais, essa experiência é especialmente desejada. Alana Thaís Stankievicz Peters, de 27 anos, professora de cursos de pós-graduação da Uninter, conseguiu realizar esse sonho de maneira brilhante.

Ainda no ensino médio, ela teve a oportunidade de estudar um ano em Nova York (EUA). Já durante a graduação – ela é formada em Economia –, estudou na Kwantlen Polytechnic University, em Vancouver, no Canadá, graças a uma bolsa do programa de mobilidade acadêmica da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 2014. Essas experiências moldaram sua carreira acadêmica.

“Em Nova York, uma das cidades mais cosmopolitas do planeta, eu tive a oportunidade de conviver com pessoas e culturas muito diferentes pela primeira vez na vida. Isso me fez descobrir um grande interesse pessoal, profissional, e acadêmico pelo mundo e sua diversidade. Esse interesse inclusive influenciou minha escolha de cursar Ciências Econômicas na graduação, com foco em Relações Internacionais e desenvolvimento, e depois buscar outras experiências internacionais, como estudar no Canadá na graduação e, mais recentemente, trabalhar como voluntária no Camboja e buscar uma pós-graduação na Europa”, conta Alana.

Mas não é só a oportunidade de aprendizado acadêmico e a fluência na língua estrangeira que são profundamente impactadas pela experiência internacional. Conhecer realidades distintas muda a sua percepção de vida. “O contato com outros modos de vida e visões de mundo traz muitos aprendizados”, diz.

“Lembro, por exemplo, de um rapaz que estudou comigo em NY que me contou sobre as dificuldades que tinha para ter acesso à água potável na sua terra natal (algum lugar em Bangladesh). Enquanto isso soou natural para ele, para mim, uma adolescente brasileira vivendo em sua bolha, foi um choque de realidade. Momentos como este (e foram muitos) me ensinaram que muitas coisas que aceitamos como certas ou corretas não podem ser generalizadas, pois é fruto da nossa própria realidade, e existem muitas realidades diferentes no mundo”, conta.

Essas experiências despertaram na jovem economista o desejo de contribuir com soluções para problemas globais. É isso que ela vai buscar agora, no mestrado internacional no Instituto Universitário de Altos Estudos Internacionais em Genebra, na Suíça (IHIED), uma das instituições mais respeitadas da Europa.

“O IHIED, na Suíça, oferece treinamento nas mais diversas questões contemporâneas de importância internacional (saúde global, gênero, conflito, migração, sustentabilidade ambiental, direito internacional, governança, etc.) de uma forma interdisciplinar, científica e prática, e contando com a parceria das organizações que o rodeiam”, comenta a estudante.

A cidade de Genebra, onde estão as sedes de inúmeras organizações internacionais, é o centro global da diplomacia internacional. E o IHIED é uma das mais prestigiadas instituições de pós-graduação do mundo especializada em relações internacionais e desenvolvimento.

“Eu acompanho o IHIED via newsletters e mídias sociais há algum tempo, pois adoro os temas das pesquisas e debates que são promovidos por lá. Vou cursar o mestrado interdisciplinar em Assuntos Internacionais. O programa também oferece uma especialização em ‘Meio Ambiente, Recursos e Sustentabilidade’, que é uma área interessante e promissora, já que a sustentabilidade ambiental está cada vez mais no cerne do desenvolvimento moderno e da política internacional”, detalha a futura mestranda.

Conseguir uma vaga na instituição não foi tarefa simples. Requisitos básicos são um histórico de graduação exemplar, recomendação acadêmica e nível avançado em língua inglesa. Também é preciso estar em sintonia com os valores da instituição, como respeito pela diversidade humana e pelos direitos fundamentais, os quais são demostrados através de uma carta de motivação e da trajetória acadêmica e profissional do candidato. O IHIED recebe estudantes de mais de 100 países.

Devido à pandemia do novo coronavírus, com restrições a viagens internacionais, o início do curso deve ser online. O ano letivo começa em setembro, mas até que todos os estudantes possam tirar o visto e viajar, as aulas serão transmitidas pela internet.

A estudante conta sobre suas expectativas: “Eu espero poder compreender melhor algumas das principais questões de desenvolvimento da atualidade, conhecer projetos/iniciativas interessantes e eficientes na área, entender mais sobre governança global e sobre a atuação das organizações internacionais nos países, me aprofundar em alguns temas como política ambiental e alimentar, desenvolver networking e, quem sabe, fazer um estágio em alguma organização internacional”, relata Alana.

Ela já faz planos para a vida após ter concluído o mestrado no IHIED. “Gostaria de trabalhar em alguma organização, seja pública ou privada, não governamental ou intergovernamental, de forma que meu trabalho tenha impacto positivo na vida de alguém, seja aqui no Brasil ou em qualquer lugar no mundo. Gosto dos mais diversos tópicos do desenvolvimento, mas tenho especial interesse pelas áreas que tangem o desenvolvimento social sustentável, como segurança alimentar, por exemplo. Espero poder trabalhar com algo correlato a isso”, explica.

Alana encerra dizendo que deseja voltar a lecionar na Uninter. “Espero poder continuar a contribuir com a Uninter no futuro e, em especial, com o departamento de relações internacionais”, finaliza.

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Autor: Gabriel Prado - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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