A vida na Terra está em perigo

Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de Jornalismo

Conforme dados levantados pela Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 13 bilhões de hectares de floresta são perdidos a cada ano no mundo, fruto de ações do homem como queimadas, desmatamento e comercialização ilegal de madeira. Além disso, por ano são perdidos 12 bilhões de hectares com a desertificação (locais que sofreram ação da seca e climas áridos), resultado da falta de investimentos e cuidados de preservação ao redor do globo.

Esse quadro representa sérios riscos para a vida terrestre e medidas precisam ser tomadas para revertê-lo. Portanto, em 2015, a fim de mobilizar os governos para o enfrentamento de questões como essa, a ONU criou uma agenda global de desenvolvimento sustentável, com 17 itens e 164 com metas para 2030.

O 15º. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foi definido pela ONU como Proteger a Vida Terrestre, e foi assunto da Maratona Transformando Nosso Mundo, promovida pela Pós-graduação da Uninter, no dia 17.10.2020, com transmissão ao vivo pelo canal do Youtube (conteúdo permanece disponível na íntegra).

Alexandre Francisco Andrade explica que este objetivo destaca ações a fim de minimizar os prejuízos causados às nossas florestas e biomas pela desertificação e pelo desmatamento, preservando a biodiversidade. “Esse objetivo promove uma integração entre todos os outros, pois perpassa por todos nós e o que devemos fazer para que as mudanças sejam possíveis, com projetos a serem desenvolvidos, pesquisas e recursos a serem conservados”, explica.

A relação entre ciência e preservação ambiental

O ODS 15 aborda a biodiversidade que nos cerca, com seus biomas (flora e fauna), ações e recursos envolvidos. “A diversidade biológica está em toda parte, seja na terra firme ou dentro d’água, desde os topos das montanhas aos fundos dos oceanos, numa magnífica profusão de seres vivos e ambientes impossíveis de se mensurar”, complementa Alexandre.

Para preservar é preciso conhecer. Para isso, pesquisadores podem se valer de dados do IBGE, que tornou acessível a informação da área de bioma perdida desde o ano de 2000 até 2018, bem como do IPEA, que quantifica ações previstas e políticas nacionais articuladas a compromissos internacionais que já são realizadas pelo Brasil, como o Acordo de Paris.

No Brasil, um dos órgãos responsáveis pelo conhecimento acerca de recursos genéticos e biotecnológicos é a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que atua na área de pesquisa aplicada à produção de alimentos. Alexandre explicita que a pesquisa sobre recursos genéticos disponíveis na natureza é determinante para diversas áreas, como a produção de alimentos, a farmácia, a bioenergia, cosméticos e vestuário, dentre outros.

De acordo com estudo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), de 12.256 espécies da fauna brasileira estudadas, 1.173 apresentam diminuição progressiva do número de indivíduos, caminhando para sua extinção.

Alexandre destaca que “existem algumas práticas que colocam em risco nossos animais e plantas, que é o comércio ilegal e tráfico de espécies e comercialização de produtos fruto da vida selvagem, e precisam ser combatidas com urgência”. Preservar a vida na terra é um objetivo que exige ação imediata. Se demorarmos, pode ser tarde demais.

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Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Agência Amazônia Real/Creative Commons


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