81 projetos de iniciação científica aproximam estudantes da pesquisa acadêmica

Autor: Natália Schultz Jucoski - estagiária de jornalismo

O Programa de Iniciação Científica (PIC) da Uninter contribui ano a ano para a formação de futuros pesquisadores, com a inserção dos estudantes no meio acadêmico por meio de atividades diversas, como participação em projetos, seminários e publicações de artigos em periódicos.

A Uninter conta hoje com 17 grupos de pesquisa que abrigam 81 projetos, distribuídos nas seis escolas superiores. Por meio do PIC, os estudantes do ensino presencial e à distância (EAD) têm mais uma oportunidade de envolvimento das atividades acadêmicas. A dedicação e o desenvolvimento dos jovens pesquisadores nas atividades são perceptíveis, e os resultados são celebrados pelos professores de diversas áreas.

Ligado à escola Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança e ao Mestrado de Direito, o professor Doacir Quadros é lider de dois projetos com bolsistas de iniciação científica da Uninter. Na sua pesquisa, busca tratar de temas que sejam recorrentes não só no campo jurídico, mas também no político, como judicialização da política, mobilização do direito e ativismo social, comunicação política, mídia e eleições, entre outros.

Para ele, o envolvimento dos estudantes traz diversas contribuições, começando pelo contato com a área acadêmica, inclusive participando de atividades de divulgação científica. “A curto prazo, esses estudantes são motivados a participar de eventos de graduação, como por exemplo, na própria Uninter, que tem o Encontro de Iniciação Científica e Fórum Científico da Uninter (Enfoc). Tenho como regra e comprometimento inserir esses estudantes também com apresentações de pesquisas, ainda que seja em um estágio mais embrionário”, relata o professor.

Essas experiências contribuem com etapas da formação superior, como o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Mas os frutos podem ir além e, muitas vezes, as pesquisas dos estudantes se concretizam como dissertação de mestrado  e publicações em periódicos acadêmicos.

Com projetos ainda em fase inicial neste ano, Doacir relembra os bons resultados de anos anteriores. Um exemplo foi o aluno Hélio Mussoi, que se destacou no IC e hoje está fazendo doutorado na PUC de São Paulo. Sua pesquisa investiga o espaço de participação e deliberação da sociedade civil nos conselhos gestores do governo federal. “A proposta do Hélio era identificar se, de fato, no último governo a participação foi cerceada em virtude do posicionamento dos discursos do ex-presidente. E foi um resultado interessante, porque além de gerar a própria dissertação do Hélio, deu possibilidade também de ele ingressar no doutorado de Direito”, explica. Resultados como esse fazem com que o professor tenha um carinho muito grande pelo programa de iniciação científica.

Outro projeto de pesquisa é o de História, Educação, Sociedade e Política liderado pela professora Desiré Luciane Dominschek. Com pós-doutorado em Filosofia e História da Educação, ela também coordena o núcleo de pesquisa e publicações acadêmicas. “A atuação de alunos desde a graduação na produção e desenvolvimento de pesquisas é de suma importância, visto que com os programas de iniciação científica temos a possibilidade de formar com maior densidade o pesquisador”, argumenta. Mesmo com a relevância da área, ela considera que a pesquisa acadêmica não recebe o investimento adequado no país.

Nas suas pesquisas, ela explora aspectos teóricos e metodológicos relacionados ao contexto educacional, colaborando assim com a docência, a pesquisa e a extensão.

Atualmente, a professora tem cinco projetos de pesquisa em andamento, todos ligados à discussão da formação docente e para pesquisa. São eles:

– O patrimônio histórico educativo em museus e arquivos do Paraná: Sua relação com a formação docente

– Impactos do Programa Institucional de Bolsa e de Iniciação à Docência (PIBID) e docência

– Políticas públicas em educação: Programas, legislação e ações

– Impactos da iniciação científica

– Formação de professores: História, educação, políticas e emancipação tecnológica

Todos os projetos incluem pesquisa de campo e o objetivo principal é desenvolver junto aos estudantes, e agora pesquisadores, uma autonomia intelectual e científica. Ou seja, promover “formação do sentido ético da produção científica e da relevância social no desenvolvimento das áreas educacional, escolar e docente, bem como ao impacto geral destas ações em toda a sociedade”, ressalta Desiré.

Seleção

Os projetos de iniciação científica da Uninter  têm editais publicados anualmente, normalmente no mês de novembro. São disponibilizadas vagas para projetos em diversas áreas com bolsas de 50% e 100% na mensalidade. O período de vigência das atividades é de março à dezembro de cada ano.

A listagem completa de projetos e de pesquisadores deste ano foi divulgada no edital  em março de 2023.

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Autor: Natália Schultz Jucoski - estagiária de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski


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