Turismo pode ser mais do que mera diversão
Autor: Diego Alesson Alves - Estagiário de Jornalismo
O que você entende como turismo? Viajar, conhecer lugares históricos, passear e se distrair? Certamente, essas são as atividades normalmente associadas à prática do turismo, entendida como uma atividade de lazer. Mas também é possível abordá-lo por um outro ponto de vista.
O turismo é uma prática intrínseca ao sistema capitalista e também um fenômeno sociocultural, lembra o professor e pesquisador Michel Alves Ferreira. Entender o turismo sob a ótica da sociologia implica observá-lo como uma manifestação de hábitos culturais de seu tempo, momento e espaço social. Isso significa que o turismo oferece um retrato da diversidade social, com suas exclusões e inclusões, bem como do avanço tecnológico de uma sociedade.
Por isso o turismo também é espaço de expressões discriminatórias. A empresa Diaspora.Black, por exemplo, foi criada a partir das experiências de preconceito racial que seus fundadores sofreram. Conforme informações do seu site, ela usa “a tecnologia para promover soluções de impacto social e a venda do turismo e cultura negra”. Com isso, busca inserir a população negra na economia do turismo, além de promover o conhecimento da cultura afro no Brasil.
Michel conta que a oportunidade de se fazer turismo sob uma ótica social significa deixar de entender a prática apenas como lazer. Desta forma, é possível promover o conhecimento sobre lugares, povos e suas realidades sociais, entendendo a história da qual fazem parte.
O programa Rota – Viagens e Serviços, da Rádio Uninter, recebeu Michel Alves Ferreira para falar sobre aspectos sociais da atividade do turismo. Ele foi entrevistado por Grazielle Ueno, coordenadora dos cursos de Gestão de Turismo e Gestão Empreendedora de Serviços da Uninter. Acompanhe a transmissão completa clicando aqui.
Autor: Diego Alesson Alves - Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Wayne Fotografias/Pexels
