PROFISSÃO

Como a “música do diabo” ajudou Edison

música pode proporcionar inúmeros benefícios, como melhor desenvolvimento nos esportes, organização cerebral, ajuda em tratamento de doenças emocionais e no tratamento de Alzheimer. Mas não para por aí, a música pode interferir na nossa vida emocional e cognitiva, e tem o poder de transformar músicos em ídolos e gêneros em religião. O diretor de cena da Uninter, Edison Wormes, é fiel ao rock and roll. Já tocou em bandas e assistiu a muitos dos grandes shows realizados em Curitiba.

Edison sempre foi encantado com a história do rock americano. Tudo começou com as propagandas de cigarro que passavam na TV durante a sua infância. “Eu não sabia o que era aquilo que estava tocando, mas ficava esperando as propagandas de cigarro só pra escutar as músicas”. Ele nunca comprou cigarros, mas em sua casa já teve mais de 500 álbuns de rock. Hoje, basta uma pesquisa rápida no Google para encontrar músicas. Mas na infância do roqueiro, encontrar aquelas músicas que tanto gostava era um desafio.

Foi através de um amigo que Edison começou a estudar e a entender os diferentes segmentos dentro do rock. A primeira fita que escutou foi da banda Guns N’ Roses e desde então a paixão pelo rock aumentou. Na época, o estilo musical ainda era visto como “do diabo” (inclusive, livros foram escritos a respeito). Morando com os avós evangélicos pentecostais, o aspirante a roqueiro não podia escutar as músicas em casa. Mas o amor era tanto que escutava escondido. “Ouvir rock era um momento de liberdade”, afirma Edison.

À medida que foi se aprofundando e gostando mais do gênero, frequentar os shows de grandes bandas que se apresentavam na capital paranaense se tornou rotina. Em um show do Iron Maden, conheceu Sonia Oliveira, sua esposa. “Foi amor à primeira música” fala o roqueiro. Além de companheiros na vida, se tornaram parceiros de shows.

Os mais famosos estúdios e bares em que as grandes estrelas do rock gravaram e tocaram ficam em Los Angeles. Para os amantes do estilo musical, o estado é um símbolo da Era de Ouro do Rock. Visitar o estado era um sonho compartilhado por Edison e sua esposa. Depois de muitas conversas, no início de 2017 começaram a planejar uma viajem para conhecer os principais pontos.

A viajem ocorreu no dia 28 de fevereiro e durou dez dias. “Foi cansativo, mas extremamente gratificante. Pisar aonde os grandes ídolos fizeram história foi pra mim mais que uma viajem por turismo e, sim, uma viajem por amor”, conclui o roqueiro.

Edison sempre teve o desejo de trabalhar com algo relacionado ao meio musical e por isso cursou Radio e TV. O diretor de cena, que hoje trabalha nos estúdios da Uninter no campus Tiradentes, em Curitiba, já desenvolveu produtos laboratoriais de rádio como o Nosso Rock e o Desafoga, um programa de Hip Hop. Em Los Angeles, Edison teve a oportunidade de conhecer estúdios de áudio e vídeo como Record Plant Studios, Warner e Universal. Lá, pode analisar a estrutura das grandes produções e como aplicar determinadas técnicas em seu trabalho.

Incorporar HTML não disponível.
Autor: Arthur Neves – Estagiário de jornalismo
Edição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *