A pandemia e as eleições municipais

Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de Jornalismo

As eleições municipais são realizadas a cada 4 anos nos mais de 5.500 municípios brasileiros, que elegem seus prefeitos e vereadores. Mas nesse ano de pandemia as coisas serão diferentes – as eleições acontecerão, mas um pouco mais tarde do que o usual, com o primeiro turno marcado para o dia 15 de novembro.

Para discutir os impactos que a pandemia trouxe para o contexto eleitoral, o curso de Ciência Política da Uninter realizou uma live com o tema Eleições Municipais 2020: cenários possíveis, com a presença da professora Karolina Roeder e da doutora em ciência política pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP/UERJ), Flavia Bozza Martins.

Para começar o bate-papo, Karolina falou sobre nosso cenário atual, que se tornou caótico e incerto por causa da pandemia, e dirigiu uma pergunta para Flávia: “Como os candidatos à reeleição se comportarão e quais estratégias poderão ser utilizadas por eles?”

Na visão de Flávia, o que contará daqui para frente será como determinado candidato gerenciou questões de saúde, econômicas e sociais, ou seja, quais políticas promoveu para o enfrentamento do Covid-19. Assim, os votos dos eleitores “irão servir de termômetro para analisar a qualidade da gestão, se ela atendeu às demandas do município”. Ainda segundo ela, as prefeituras têm uma maior responsabilidade nas mãos, visto que têm lidado com a questão dos efeitos da pandemia no dia a dia da população.

Flávia comentou sobre como os partidos políticos tradicionais tiveram que se adequar aos novos moldes, como, por exemplo, construindo uma identidade política nas redes sociais. Alguns anos atrás, a televisão era um dos principais meios de se fazer propaganda política. “A atuação clássica foi colocada em xeque, e durante os últimos dois anos, pressupõe-se que os partidos tenham se atualizado a esse novo formato”, explica.

Para complementar, Karolina acredita que a forma como os partidos são vistos na sociedade também mudou. “No século 21, as pessoas do partido, com suas personalidades e comportamentos, têm maior importância do que a instituição partidária em si”, diz.

Finalizando a conversa, Flávia frisou a importância de os partidos não se alinharem com as empresas, mas sim com a sociedade civil, para poderem realizar uma gestão de qualidade, levando em conta a transparência de repasses e investimentos, algo que é importante para analisar a atuação do candidato, se eleito, ou avaliar gestões anteriores.

Confira a live na íntegra clicando aqui.

Incorporar HTML não disponível.
Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *