1º Congresso de Psicanálise Uninter debate a psicodinâmica do trabalho

Autor: Nayara Rosolen - Analista de Comunicação

A Psicodinâmica do Trabalho foi tema do 1º Congresso de Psicanálise Uninter. Com a participação de estudantes e profissionais da área, o evento se deu de forma híbrida. Presencial, no auditório do Edifício Garcez, em Curitiba (PR), e com transmissão ao vivo por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Univirtus, nos dias 19 e 20 de setembro de 2025.  

O organizador de eventos científicos da Escola Superior de Saúde Única (ESSU) do centro universitário, Benisio Ferreira Filho, o coordenador do curso de Psicanálise, Claudio Hernandes, e a professora Giseli Rodacoski, foram os responsáveis pela organização e realização do Congresso. A tarde de abertura ainda contou com a presença do vice-reitor da Uninter, Jorge Bernardi. 

“Todos os cursos precisam ter um momento de atualização profissional dos alunos e de expansão da parte técnico-científica. E a melhor forma de fazer isso, é através destes eventos. Nós promovemos congressos e jornadas científicas de todos os cursos da área de saúde, para entregar aos estudantes o que há de mais moderno e profissional dentro de cada área, para que se mantenham atualizados”, garante Benisio.  

A proposta do Congresso foi discutir experiências e aprofundar os estudos sobre a relação entre trabalho e saúde mental, com participação de estudantes e especialistas convidados. Patrícia Carvalho Sales, Herminda Hashimoto e João Ponciano abordaram os grupos balint (grupos de reflexão para profissionais da área da saúde), os fundamentos teóricos da psicodinâmica do trabalho e o pensar da subjetividade no ambiente organizacional, respectivamente. 

Giseli deu início à programação com uma palestra sobre o que é a psicodinâmica do trabalho. Para a profissional, o tema está relacionado com a subjetividade de cada pessoa e envolve as relações interpessoais.  

“[É sobre] como ela se se sente em relação àquele trabalho, o que aquele trabalho significa, que espaço toma na vida dela. Vamos encontrar pessoas que trabalham na mesma função, lado a lado na mesa, mas para uma o trabalho é estruturante, é tudo na vida dela, e a outra vai dizer ‘eu tenho uma relação com o trabalho, mas tenho uma relação com outras áreas da minha vida’. Tem gente que vive para trabalhar, tem outras que trabalham para viver e isso é uma questão subjetiva”, explica Giseli. 

O coordenador Claudio destaca a aceleração que a sociedade vive neste momento. “Antigamente tínhamos oito horas para realizar algumas tarefas. Hoje, continuamos com as mesmas oito horas, mas a quantidade de tarefas dobrou e temos a sensação de que temos que dar conta de tudo. Isso tem um preço. A nossa saúde é usada para isso. Alguns pagam com a saúde, outros pagam com remédios. Isso é muito perigoso, impacta na saúde como uma epidemia”, salienta. 

Além de palestras, mesas-redondas e debates com a plateia, livros escritos por estudantes do curso foram lançados. Ivandro Granetto escreveu “Entre sementes e cicatrizes”, no qual conta sua história de vida, entre a agronomia e a psicanálise. Já Ive Bueno, transformou a dor de um fim de relacionamento na publicação de “Pé na bunda é impulso”.  

“Escrever, para mim, sempre foi terapêutico. E quando levei um ‘pé na bunda’, ou seja, tive o final de um relacionamento amoroso, que eu sofri pra caramba, comecei a escrever um diário. Chegou um momento que falei ‘por que não transformar esse diário em livro?’. E foi assim que ele nasceu. Fala sobre mim, mas também é um livro para todas as mulheres, porque, com certeza, tem situações ali que várias outras mulheres vão se identificar também”, comenta Ive.  

De Belo Horizonte (MG), o estudante Rubens Lacorte viajou apenas para acompanhar o congresso de forma presencial. Ele afirma que já gostava do curso e da qualidade das aulas ministradas pelos professores, mas que estar em Curitiba (PR), onde estão localizadas as sedes da Uninter e os professores da graduação, o deixou “impressionado”.  

“O Congresso toca em um assunto que é de interesse de todos, não só da subjetividade das pessoas, dos trabalhadores. Isso também tem a ver com a produtividade das empresas (…) tenho um orgulho muito grande de estar fazendo parte da Uninter e desse curso, porque, futuramente, quero poder contribuir, fazer um pouco que seja, uma pequena diferença nesse universo, no que ainda precisa ser feito. Estou aqui realizando aquele desejo que eu tive desde o início, de acompanhar os professores e conhecê-los de perto. Era um desejo meu”, conclui Rubens.  

Os dois dias de evento seguem disponíveis para acesso dos estudantes nas transmissões anteriores do campo “Ao vivo”, no AVA Univirtus.  

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Autor: Nayara Rosolen - Analista de Comunicação
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Nayara Rosolen


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