Educação entre saberes e códigos para um futuro sustentável
Autor: Juliana Telesse - Assistente de Comunicação Acadêmica
Vani Moreira Kenski destacou a educação como espaço de transformação
O encerramento do 18ª edição do Encontro de Iniciação Científica e Fórum Científico (ENFOC), promovido pela Uninter, foi marcado por reflexões sobre os rumos da educação em tempos de crise e transformação. Com o tema “Educação entre saberes e códigos para um futuro sustentável”, a professora convidada, Vani Moreira Kenski, levou o público a pensar criticamente sobre o papel das tecnologias, da subjetividade e da formação humana na construção de futuros possíveis e sustentáveis.
A conferência se iniciou com uma fala de agradecimento da professora Desiré Luciane Dominschek Lima, coordenadora geral do 18ª ENFOC, reconhecendo o papel de todas as pessoas envolvidas na realização. Ela destacou o papel do reitor, Benhur Gaio, do pró-reitor de pós-graduação e pesquisa, Nelson Castanheira, e do pró-reitor de graduação, Rodrigo Berté, além de todos que contribuíram para o evento, destacando o apoio contínuo à pesquisa, além do protagonismo dos estudantes e a articulação entre ensino, pesquisa e extensão.
Na sequência, a professora Gláucia da Silva Brito deu início à mediação da conferência. Ela ressaltou a relevância do pensamento de Vani para a educação brasileira, especialmente no campo da inovação pedagógica e das tecnologias aplicadas ao ensino.
Em sua fala, Vani trouxe uma abordagem acessível, ao mesmo tempo que rigorosa e inspiradora, discutindo a intersecção entre saberes tradicionais, científicos e digitais. Para ela, a educação deve ser espaço transformação, “precisa se transformar para formar sujeitos capazes de transformar”. Sua proposta é valorizar a educação como um processo ético, político, subjetivo e coletivo, orientado pelo compromisso com a vida em todas as suas dimensões.
Um dos conceitos centrais abordados foi o de ecologia dos saberes, que defende o diálogo entre diferentes formas de conhecimento, seja científico, ancestral, popular, artístico, digital e cotidiano. Para Vani, é nesse encontro que reside o potencial emancipador da educação. Além disso, a confiança também é importante como base do saber, “aquilo que sabemos, confiamos. E o que confiamos, incorporamos como parte da nossa existência”. No entanto, alertou para o perigo da falsa certeza, usando o Efeito Dunning-Kruger como exemplo de como o excesso de autoconfiança pode camuflar a ignorância.
A conferencista também relacionou o avanço das tecnologias com a necessidade de desenvolver uma consciência crítica e sistêmica. Segundo ela, o desafio não é apenas acompanhar o ritmo das inovações, mas transcendê-las com ética, empatia e compromisso social. “A escola precisa preparar para além da vida profissional. Ela deve formar sujeitos que saibam lidar com os problemas da existência, com as contradições, com os afetos, com a complexidade da vida em sociedade”, ressaltou.
Como último gesto provocativo, a educadora lançou a pergunta: “Qual linha de código cada um de nós escreveria para transformar o amanhã?”. A fala da professora Vani Kenski sintetiza o espírito do 18ª ENFOC: uma ciência que não se limita à técnica, mas se compromete com a transformação do mundo por meio do diálogo, da sensibilidade e da ação.
Para saber mais sobre como foi o encerramento do 18ª ENFOC, confira a transmissão completa no canal UNINTER – Pesquisa e Publicações Acadêmicas.
Autor: Juliana Telesse - Assistente de Comunicação AcadêmicaEdição: Larissa Drabeski






