Grupo Poltava celebra a cultura ucraniana no Teatro Guaíra

Autor: Igor Horbach Carvalho - estagiário de jornalismo

O Teatro Guaíra, em Curitiba (PR), se transformou no palco da celebração da cultura ucraniana com a apresentação do Grupo Folclórico Ucraniano Poltava, que há 35 anos participa do Festival Folclórico e de Etnias do Paraná. A apresentação, no dia 9 de julho, trouxe música, dança e vários elementos que reforçaram a importância e riqueza cultural da Ucrânia. 

O estudante de licenciatura em Música da Uninter, Genilson Ferreira, que participa do grupo há mais de 10 anos, reforçou a missão do Poltava ao longo de sua trajetória, sobretudo durante um período conturbado como a Guerra com a Rússia. “Transmissão da cultura Ucrânia em todas as suas formas e principalmente o seu legado histórico, para que cada vez mais as pessoas tenham contato com a arte ucraniana. A cultura de um povo é a sua identidade. É manter viva a história desse povo, a luta pela existência e subsistência”. 

Durante a apresentação no Festival, o Grupo Poltava buscou evidenciar os elementos mais característicos da cultura e como ela se propaga ao longo das gerações. Crianças, desde a primeira infância, já se faziam presentes no palco, cantavam em ucraniano e arrancaram risos da plateia com a simplicidade que demonstravam suas paixões por suas origens.  

Já os jovens e adultos trouxeram para os holofotes as complexas coreografias da região da Europa Central, sobretudo dirigidos pela dupla de coreógrafos ucranianos Oleg Dovgan e Iryna Yavorska. “Cada geração tem as suas características, por mais que sejam tradições, você tem algumas mudanças, mas sem perder as raízes”, afirmaram. 

Segundo eles, estar no Brasil para falar da Ucrânia é vencer barreiras culturais e linguísticas, mas que abraçam uma nação que sofre com uma tentativa do apagamento. “Nesse período, a Ucrânia, apesar das dificuldades e problemas da Guerra, as pessoas começaram a olhar mais para nossa cultura”, complementam. 

O diretor artístico do Grupo Poltava, Marcos Antônio Nogas, conta que cada ano é uma renovação completa para o grupo. “Você perceber essa experiência para cada novo participante é uma forma de se renovar também”, garante o diretor. 

Já a vice-diretora do grupo, Thais Wistuba, explica que o resgate da tradição em Curitiba vem através da inserção de crianças na arte e cultura do país, para que no futuro, estejam propagando a história de um povo. “Os professores das crianças são os adultos que estão no palco, então, assim, vamos perpetuando a cultura de geração em geração”. 

A construção artística, aponta Genilson, acontece com base em muito estudo do que era feito nas ruas da Ucrânia no século 17 e 18. “Muita base na dança clássica e com temas compostos por esse período de maiores movimentos culturais que hoje permitem uma gama de músicas e coreografias para serem exploradas. Mas tudo dentro do que era realizado e criado”. 

Sob aplausos emocionados, Poltava tocou o coração dos curitibanos em uma noite fria de inverno, durante o 63º Festival Folclórico e Etnias do Paraná. O evento reuniu ao longo de duas semanas, 16 grupos de 13 etnias diferentes.  

O estudante Genilson Ferreira foi o convidado do programa Art& Cultura da TV Uninter,  no dia 03 de julho. Confira. 

https://www.youtube.com/live/pBTTPioT_4w?si=TDobQs2LxIIeLiY6

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Autor: Igor Horbach Carvalho - estagiário de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski
Revisão Textual: Nayara Rosolen
Créditos do Fotógrafo: Toca Cultural


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