Tecnólogo inovador comprova excelência em Mediação, Conciliação e Arbitragem

Autor: Nayara Rosolen – Jornalista

A cultura do litígio faz com que o sistema judiciário brasileiro esteja sempre sobrecarregado e, consequentemente, funcione de forma lenta. O grande número de tribunais, magistrados e juízes é insuficiente para julgar todos os casos, o que demanda mais tempo. Mesmo com sistemas eletrônicos, como o Projudi no Paraná, o número de processos ultrapassa o de profissionais que atendem a área.

Uma alternativa para reduzir e evitar que todo conflito se torne judicial pode acontecer por meio de um mediador, um conciliador ou um árbitro, com funções dispostas no Código de Processo Civil de 2015, sob a Lei nº 13.105/2015. Pensando na qualificação de profissionais que atendam a essas demandas, a Uninter lançou em 2022 o tecnólogo inovador de Mediação, Conciliação e Arbitragem. Na avaliação realizada pelo Ministério da Educação (MEC) em fevereiro deste ano, a graduação foi reconhecida com a nota cinco, conceito máximo do órgão.

“Fiquei muito feliz com o resultado, porque é o primeiro curso com essa denominação a ser reconhecido. É um trabalho conjunto, não só de coordenação e tutoria, mas de todos os colaboradores Uninter, cada um com suas responsabilidades. Além dos estudantes, que são nossos protagonistas. É resultado de todos os atores envolvidos nesse processo”, declara a coordenadora, Daniele Assad.

Daniele salienta que, para além da estrutura ofertada, com livros específicos escritos por profissionais da área, atividades práticas extensionistas e aulas interativas e de particularidades do curso, os professores estão também dentro de comissões da Ordem de Advogados do Brasil (OAB) e outras áreas de atuação, pois é necessário ter a visão de quem está no mercado.

A coordenadora cita alguns exemplos, como a professora Daniele Farinhas, que faz parte da comissão de Mediação, Conciliação e Arbitragem da OAB. E a professora Andreza Baggio, que está dentro do Tribunal de Justiça como assessora de gabinete. “Isso proporciona para o aluno um diferencial, porque são pessoas que realmente atuam na área e trazem exemplos práticos e cotidianos”, afirma.

Isso possibilita ainda a aproximação de profissionais que não conheciam a realidade da educação à distância (EAD), e a demonstração do que a graduação faz pelos estudantes, seja no aprofundamento de um método alternativo para aqueles formados em Direito, ou formação daqueles que desejam ingressar para o mercado de trabalho.

A egressa Fernanda Andrade Guarido, 45 anos, já é advogada há mais de 20 anos e é sócia no escritório Blanchet, Guarido e Prates Menezes Advogados Associados. A já profissional chegou a lecionar em uma instituição de ensino superior, mas viu a necessidade em se aprofundar nas temáticas da área. Por isso, quando soube do curso da Uninter, percebeu uma forma de se especializar.

“A EAD exige bastante do estudante. Demanda atenção, disciplina e pesquisa. O facilitador apresenta o tema e é a vontade de aprender, a curiosidade do aluno que o leva a desbravar o conteúdo que lhe é apresentado. O curso tem materiais bem elaborados, os professores têm boa didática, as atividades permitem a apreensão do conteúdo central. É uma experiência rica. Busco a excelência em minha vida profissional, para oferecer o melhor aos meus clientes. Nunca me nivelei por baixo. Assim, a excelência na avaliação do curso é algo que me deixa segura para o meu posicionamento profissional”, comenta Fernanda, que finalizou a formação este ano.

Está no DNA da Uninter levar a educação para várias partes do Brasil e agora também do mundo, com os polos no exterior. Lugares que, no passado, as instituições não conseguiam chegar. De acordo com Daniele, o centro universitário está formando profissionais que se preocupam em mudar a realidade e que conseguem levar a universidade para a comunidade, por meio das atividades extensionistas. “Chegamos lá e nos consolidamos como instituição. Contribuímos para a sociedade e nossos alunos propagam”, complementa a coordenadora.

Para isso, o corpo docente trabalha em questões fundamentais para a resoluções de conflitos, como inteligência emocional, escuta ativa, oratória, comunicação em língua portuguesa para a escrita, legislações específicas para a atuação, entre outros. Desta forma, Daniele afirma que os profissionais poderão atuar de forma efetiva onde estiverem habilitados. Seja no Tribunal, de forma autônoma para auxílio de advogados ou vinculados a associações de mediação, câmaras de arbitragem, em instituições públicas ou privadas.

“No exercício diário da advocacia, somos convidados a conciliar, instigados a ouvir e isso requer aprendizagem. Tanto aprender a ouvir quanto aprender a falar é crucial ao bom advogado. Exercitar a argumentação também o é. Percebo que as pessoas se lançam a conciliar, mediar ou mesmo exercer a arbitragem sem se aprofundar em certas questões. Às vezes, fazem um minicurso que as certifica e seguem em frente. Esses dois anos de preparação me conduziram ao contato com temas e assuntos com os quais não me envolveria no cotidiano. A comunicação não violenta, por exemplo, a psicologia jurídica, que fica reservada a cadeiras de estágios iniciais na faculdade. Aprendi bastante com o curso”, comprova Fernanda.

A profissional almeja aprimorar o exercício da advocacia e atuar como árbitra, mas ressalta que não olha apenas para o mercado de trabalho, mas também para o quanto o curso agrega para a vida pessoal. Segundo Fernanda, os espaços de fala, a audiência e a intervenção respeitosa são todos cuidados que após a experiência no tecnólogo, leva consigo.

“O curso promove o olhar para o outro com empatia e respeito, o refletir para falar, saber falar, saber intervir. Isso me mudou como pessoa e, por consequência, há de favorecer meu espaço no ambiente profissional”, salienta.

Daniele destaca que existe conflito em todo lugar. Muitas vezes, quando se fala nesses embates, as pessoas pensam em brigas de vizinho, mas não é. A coordenadora diz que o curso nasceu justamente com o intuito de resolver questões sem que haja a necessidade de abrir uma demanda judicial. A docente une isso à missão da Uninter, de transformar vidas por meio da educação, acompanhando também as transformações do mercado. “Quem faz a mudança são nossos alunos, nós somos só o pontapé inicial”, conclui.

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Autor: Nayara Rosolen – Jornalista
Edição: Larissa Drabeski


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