Oficina de literatura para alunos da EJA na modalidade a distância: real, possível e necessária

Autor: Renata Burgo Fedato e Marjorie Wilt Pereira*

Desenvolver o letramento literário é um desafio constante a todo professor e aos estudantes. Trabalhar, durante o período da pandemia, com oficinas literárias, certamente fortalece vínculos e o processo de pertencimento dos estudantes na modalidade à distância com a instituição. Durante o trabalho com oficina, é possível dar voz aos estudantes, pois os “encontros” estabelecem o contato com a literatura, o recitar de poesias, leitura de contos, leitura de crônicas, debates das representações individuais e coletivas que cada participante vivencia, compartilhando sensações e emoções.

Despertar para a produção de uma Oficina de Literatura para alunos da Educação de Jovens e Adultos a distância certamente faz parte de um desafio e da certeza de que as mudanças originárias da pandemia não podem impossibilitar a interação e a aprendizagem, mesmo porque, os alunos que estudam a distância, possuem certa autonomia e disciplina perante os ambientes virtuais.

O foco na formação cultural desenvolve o objetivo de levar a literatura e suas diversas vertentes para o conhecimento de todos. Romper com a cultura de massa que pode vir a moldar nossos comportamentos e as nossas escolhas, num processo de projeção e identificação, torna-se urgente e necessário apresentar Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector e vários outros autores cânones da literatura para nossos alunos JA.

As hipóteses de que a literatura é bastante complexa e que é necessário ser um leitor assíduo para compreendê-la tornam-se ultrapassadas a partir do momento em que professor e aluno se conectam com emoções e sensações através dos textos lidos, das poesias recitadas, da troca de emoções e experiências.

Em síntese, dar voz aos nossos estudantes, possibilitar “encontros” em que a emoção e o conhecimento se interlaçam no cotidiano das aprendizagens, é um desafio posto e assumido por todos os professores que entendam a ação educativa como possibilidade de ser e estar no mundo de forma crítica e consciente.

* Renata Burgo Fedato e Marjorie Wilt Pereira são professoras na área de Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Uninter.

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Autor: Renata Burgo Fedato e Marjorie Wilt Pereira*
Créditos do Fotógrafo: Julia M Cameron/Pexels


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