Nenhuma morte no trânsito é aceitável

Autor: Evandro Tosin – Assistente de Comunicação Acadêmica

À beira da rodovia, repousa uma cruz, que eterniza a memória de uma vítima fatal de acidente de trânsito. A cena se repete com frequência, resultado do alto índice de mortes no trânsito. Somente em 2021 foram 64.441 vidas interrompidas, de acordo com dados do Anuário da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Esse cenário foi destacado pelo professor do curso de Gestão de Trânsito e Mobilidade Urbana da Uninter Valdilson Lopes durante ação do polo da Uninter de Chapecó (SC). No dia 30 de setembro, o polo promoveu o evento “Novo processo de formação de condutores de veículos automotores e elétricos” voltado a profissionais de Centros de Formação de Condutores (CFCs) da região, como celebração da Semana Nacional do Trânsito.

No deslocamento de Lopes pelas rodovias entre os municípios de Curitiba e Chapecó – distância de 480 quilômetros e cerca de sete horas de viagem – o docente observou 17 cruzes que simbolizam que nestes pontos houve um incidente e uma vítima fatal no local. E ainda presenciou um óbito no trajeto: um motociclista colidiu de frente com uma carreta, portanto, totalizando pelos menos 18 pessoas que morreram na rodovia.

E o estado de Santa Catarina é um dos que registram maior índice – foram 7.882 ocorrências, atrás apenas de Minas Gerais, com 8.308 incidentes. O Paraná está na terceira posição, com 7.330 registros.

Para diminuir esses números, a educação para o trânsito é fundamental. Na Suécia, por exemplo, o programa Visão Zero, que nasceu em 1997, estabelece que nenhuma morte no trânsito é admissível. A ideia transformou o trânsito sueco em um dos mais seguros do planeta. Tanto que a iniciativa influenciou o desenvolvimento de sistemas seguros de mobilidade em vários países.

“Fiz um curso na Suécia chamado Visão Zero. Qual seria o número ideal de mortes no trânsito? É zero. No Brasil quando a gente pega dados estatísticos chega até 45 mil vítimas de trânsito anual. Sempre é possível salvar vidas”, destaca.

De acordo com Lopes, o curso de Gestão de Trânsito e Mobilidade Urbana da Uninter busca formar profissionais que desejam conhecer em sua amplitude, a legislação nacional e as tendências mundiais da mobilidade urbana e humana, com habilidade para aplicar soluções propostas na educação formal e informal, fiscalização e engenharia.

“O evento criado pelo polo foi extraordinário, muito bem-organizado e com o foco na Semana Nacional do Trânsito com o tema ‘Juntos Salvamos Vidas’, trazendo temáticas importantes aos profissionais da região. Foi um prazer enorme estar presente neste evento, a acolhida do Polo de Apoio Presencial, contar com os alunos (as) do curso, demais participantes, mostrando que fazemos educação à distância sem distância”, explica o docente.

O evento teve ainda a participação da advogada e Secretária-Geral da Comissão de Trânsito da OAB/RS Francieli Librelotto e do agente de segurança pública de Chapecó Vitor Bueno da Silva.

Diretores e colaboradores de CFCs de Chapecó e região assistiram à palestra de modo presencial. Ao todo, são 14 CFCs credenciados em atividade no município. A gestora do polo de Chapecó da Uninter Andréia Perin agradeceu a presença dos participantes.  “Quero agradecer muito a presença de vocês. Debater e conversar, trazendo essas discussões e os comentários interessantes. É importante a gente debater. Somos uma instituição preocupada com o trânsito, e isso nos fortalece ter vocês ao nosso lado”, relata a gestora.

O Polo de Apoio Presencial da Uninter de Chapecó fica localizado no Centro, na Rua Guaporé, 74 D. Mais informações: (49) 3199-2740 / (49) 99810-7111.

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Autor: Evandro Tosin – Assistente de Comunicação Acadêmica
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Domínio público e divulgação PAP Chapecó


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