Maratona de 24 horas reflete sobre Dia Mundial da Água

Hands with earth (Elements of this image furnished by NASA)

Para comemorar o Dia Mundial da Água, uma maratona de 24 horas ininterruptas vai debater nesta sexta-feira e sábado (18 e 19/03) a importância da preservação da água. Farta para a alguns e escassa para outros, a água é um recurso natural finito e merece a nossa atenção todos os dias. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente, mais de um bilhão de pessoas não tem acesso à água potável e, em curto prazo, mais de 40% da população do planeta viverá em regiões de constante crise hídrica.

Com o objetivo de informar e conscientizar as pessoas sobre a importância desse recurso em todas as esferas sociais e profissionais, a Uninter, uma das maiores instituições de ensino superior em EAD do Brasil, vai oferecer mais de 30 palestras gratuitas, ministradas pelos melhores especialistas do Brasil entre as 13h do dia 18 e as 13h do dia 19 de março.

A maratona do Dia Mundial da Água será aberta com a palestra do professor Cássio Ramos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que falará sobre o papel do cultivo de moluscos para a qualidade das águas dos oceanos. Os moluscos, pequenos invertebrados de corpo moles, como as lulas, polvos e ostras, têm papel fundamental na preservação do ecossistema marinho, fator que é desconhecido pela maioria da população.

“Entre suas diversas funções, os moluscos são filtradores do local onde estão inseridos, por meio de sua alimentação, acumulando em seu corpo todas as impurezas contidas naquele local, como coliformes fecais, pesticidas, metais pesados, entre outros resíduos. A partir disso, eles são analisados, servindo como bioindicadores da qualidade da água. Mas não é só isso, os moluscos exercem diversos outros papéis para a sobrevivência dos oceanos, e é isso que vamos discutir nesse encontro”, explica Ramos.

O professor e um dos organizadores do evento, Willian Barbosa Sales, diz que o grande intuito da maratona é transmitir informação de qualidade a estudantes, professores, profissionais e comunidade em geral sobre a importância da água em nossas vidas. “Estamos passando por diversas interferências climáticas em todo o mundo e precisamos, urgentemente, nos conscientizar sobre a preservação desse bem tão preciso e indispensável para a sobrevivência do planeta”, conclui Sales.

Para conferir a programação completa e realizar a inscrição para o evento, basta acessar: https://conteudo.uninter.com/supermaratona-uninter

A transmissão será realizada pelas redes sociais da Uninter:

https://www.facebook.com/UninterMaratonasDesenvolvimentoSustentavel/

https://www.facebook.com/posgraduacaouninter

https://www.youtube.com/c/uninter/playlists

 

Conheça outros assuntos destaque da maratona “Terra – Planeta Água”:

Água e arquitetura: uso inteligente nos edifícios e nas cidades

Professoras Giselle Luzia Dziura e Selma Cubas

A água na arquitetura tem vários significados: matéria e imaterialidade, símbolo poético e paisagístico, fonte de energia e vida. Você já imaginou um edifício ou uma cidade sem água? Além das funções estéticas, o saneamento torna-se primordial quando compreendemos que a água é um dos elementos-chave da sustentabilidade. Desde a etapa do canteiro de obras, enquanto insumos da cadeia produtiva da construção civil, até a etapa de manutenção e operação do edifício. O consumo de água é parte definitiva da cadeia e do ciclo do edifício e das cidades, sendo, portanto, imprescindível atentarmos para o seu uso e conservação com foco em estratégias com eficiência, planejamento e gestão. Dessa forma, a economia circular é baseado no sistema de fluxos em que os recursos hídricos voltam para a cadeia produtiva alinhando de maneira mais natural, pois tem como objetivo a conservação da água, o uso mais consciente e o reuso como uma ferramenta de gerenciamento.

O papel das mulheres na conservação e gestão da água

Professora Denise Erthal de Almeida

A ligação das mulheres com a água foi construída socialmente por meio da divisão sexual do trabalho, que transferiu às mulheres a responsabilidade pelo trabalho doméstico e pelos cuidados, como lavar a roupa, lavar a louça, a higiene dos filhos e garantir que tenham água para beber. São as meninas e as mulheres que buscam água a longas distâncias com a lata na cabeça, onde a seca e o sol escaldante imperam. Segundo o Instituto Trata Brasil, 35 milhões de habitantes não possuem acesso à água tratada, metade da população – 100 milhões – não têm coleta de esgotos e apenas 40% dos esgotos coletados são tratados, os outros 60% são lançados sem tratamentos nos rios, riachos e córregos.

Nas últimas décadas, a gestão da água tem envolvido questões de conservação ambiental e de impactos sociais, e cresceu o número de mulheres profissionais de engenharia e de outras profissões que atuam no tema. Esses aspectos contribuíram para o aumento de mulheres na gestão hídrica. Contudo, a participação da mulher em comitês de bacias hidrográficas e nos conselhos de recursos hídricos estaduais e nacional ainda não ocorre de forma igualitária. O acesso universal e igualitário à água é a sexta meta dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Para que seja alcançada, é essencial que os formuladores de políticas públicas envolvam as mulheres e levem em consideração o contexto social em que estão inseridas.

Dessalinização da água do mar: um futuro possível para o Brasil?

Professor Rodrigo de Cassio Silva

A dessalinização da água do mar como alternativa para a escassez de água doce e potável, em alguns lugares do Planeta, já é uma realidade como, por exemplo, em Israel. O processo emprega o uso de tecnologias extremamente caras, além da retirada de enormes quantidades de água do mar, o que gera grande impacto ambiental, pois todo sal retirado é – na maior parte das vezes – jogado novamente no mesmo corpo hídrico, alterando drasticamente aquele ecossistema.

Além disso, o alto consumo de energia para a realização da dessalinização também deve ser considerado, e mostra que esse processo se torna ineficiente e inviável, salvo casos em que não há alternativas possíveis para a obtenção de água doce. Assim, ao invés de pensarmos em tecnologias que refletem a exceção, devemos nos debruçar em estratégias de preservação dos nossos mananciais de água doce, visando o bem-estar das gerações presentes e futuras.

Água x dor

Professora Fernanda Maria Cercal Eduardo

A água faz parte da composição química, molecular, celular, tecidual e orgânica do organismo humano. Estima-se que o nosso corpo tenha uma média entre 60 e 80% de água. Além de a água exercer funções de transporte de oxigênio, nutrientes e minerais, ela compõe o plasma sanguíneo, entre outras estruturas do nosso corpo. Entre as células que mais apresentam água, destacam-se aquelas localizadas no sistema musculoesquelético, como as cartilagens que se intercalam entre as vértebras e superfícies articulares dos membros superiores e inferiores. A desidratação tecidual tem relação íntima com a degradação, desgaste e degeneração das estruturas. Em contrapartida, a própria água serve como recurso de tratamento, além de outras técnicas e recursos utilizados pela fisioterapia no tratamento das mais diversas patologias dos sistemas do organismo.

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