Empreendedorismo e startups são cringe ou cool cute?

Autor: Armando Kolbe Junior*

Quem transitou nos últimos dias nas redes sociais viu estampado em vários momentos o termo “cringe” que, no dicionário informal da internet, significa algo como “mico” ou “vergonha alheia”. A expressão tem sido utilizada para definir o comportamento daqueles da denominada geração Z que são, de acordo com algumas classificações, os nascidos a partir de 2000. De acordo com a classificação brasileira das gerações, nomes e datas de nascimento diferenciam as gerações assim: Baby Boomers (1945-1964), Geração X (1965-1984); Geração Y (1985-1999), Geração Z (2000-2010) e Geração Alpha (2010-atualmente).

Temos ainda o período de transição entre as gerações. Aqueles que nasceram nos anos de cruzamento trazem consigo aspectos comportamentais e de interação com a tecnologia similares às duas gerações nas quais navegam. Assim sendo, os grupos de transição das gerações são: Geração BBX (1958-1964), Geração XY (1976-1984) e Geração YZ (1995-1999). Mas, espera um pouco! Todo jovem sempre foi apontado como rebelde, questionador, sempre em busca de mudar de comportamento em relação às gerações anteriores, correto? Os de hoje também agem assim e se denominam cool cute, algo como “legal”.

E trabalhar com Empreendedorismo e com startups será que é “cringe” ou “cool cute”? Primeiramente, devemos lembrar que muitos jovens optaram por abrir o próprio negócio ainda na adolescência, sendo este o comportamento de boa parcela da população brasileira. De acordo com uma pesquisa realizada pela Rede Globo em 23 de junho de 2021 e divulgada pelo site G1, 24% dos jovens de até 30 anos (classes A, B e C) já são empreendedores. E 60% deles querem ter um negócio próprio no futuro.

O que tem motivado esses jovens a buscar empreender são fatores como independência financeira, autonomia, flexibilidade nos horários de trabalho, bem como inovar no mercado. Ou seja, são jovens empreendedores demostrando que não há nada de “cringe”, há tudo de “cool cute” em abrir uma startup. Provavelmente as gerações Baby Boomers, X e Y também consideraram os mais velhos como “cringe”, só não utilizaram essa denominação.

O que os jovens não podem esquecer é o fato de que, graças às gerações anteriores a eles (incluídos os jovens 60+), foram criados os computadores, a internet, o smartphone, as redes sociais e outras tantas maravilhas que eles hoje usufruem, e que dão a eles a possibilidade de serem o que são. E, principalmente na área de negócios, além dos jovens há muitos já “maduros” que empreendem e criam inovações. Então, ao menos nessa área, ser “cringe” ou “cool cute” não depende de geração.

* Armando Kolbe Junior (foto) é coordenador do curso de Gestão de Startups e Empreendedorismo Digital na Uninter.

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Autor: Armando Kolbe Junior*
Créditos do Fotógrafo: Fauxels/Pexels e divulgação


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