Como a inteligência artificial pode ajudar no controle da pandemia?

Autor: Valéria Alves - Assistente multimídia

A inteligência artificial (IA) pode ser entendida como um sistema capaz de simular a inteligência humana com o auxílio de dados, além de atuar e pensar de maneira racional. Seu campo de pesquisa vem se desenvolvendo desde sua origem, na década de 1950, e atualmente a IA é utilizada para nos ajudar nas mais diversas tarefas, da correção automática de uma palavra escrita no celular até tarefas mais complexas, como prever riscos.

É isso que faz o Robô Laura, por exemplo, que é uma tecnologia utilizada na área da saúde para ajudar no monitoramento e diagnóstico dos pacientes. Através da coleta e análise de dados do hospital, emite alerta – através de monitores – caso haja algum problema ou chance de um paciente desenvolver sepse, identificando casos mais ou menos críticos. Sendo assim, a tecnologia traz agilidade no trabalho da equipe médica e de enfermagem, além de ajudá-los a identificar quais pacientes necessitam de atendimento prioritário.

Recentemente, a Startup Laura desenvolveu uma inteligência artificial que ajuda na identificação de casos de coronavírus através do meio online, realizando triagem, orientações e esclarecendo dúvidas. O chamado P.A Digital funciona como um assistente virtual, e assim como a Robô Laura, também otimiza o trabalho dos profissionais de saúde.

Com isso, podemos ver como a IA tem muito potencial para auxiliar no combate e prevenção da pandemia. Por essa razão, os professores da Uninter Luciano Frontino de Medeiros e Alvino Moser trouxeram o assunto para o programa Atualidades da Educação, que você pode conferir na íntegra clicando aqui.

Nessa edição, foram discutidos assuntos como a detecção e diagnóstico precoce de uma infecção que pode ser alertada por uma ferramenta de IA, a flexibilização da pandemia antes do tempo e os casos no Paraná. Os professores abordaram ainda como os países desenvolvidos utilizam a inteligência artificial, a compra de respiradores, entre muitos outros tópicos relevantes.

Luciano aponta outros possíveis usos dessa ferramenta, como o rastreamento do processo de contaminação e propagação do coronavírus, para que seja possível criar modelos que possam identificar como será a evolução da doença em determinada região. E, ainda, identificar em que local determinada vacina poderá atuar melhor e ter melhor efeito, no balanceamento da carga dos hospitais, e até mesmo oferecer um quadro de diferentes mutações que o vírus pode vir a sofrer com o passar do tempo.

“Os dados podem auxiliar para que a gente melhore cada vez mais os aspectos de prevenção, mas não basta somente termos esses dados. Além da própria Inteligência Artificial, temos que usarmos a nossa própria inteligência para ajudar a interpretá-los”, afirma o professor.

Segundo ele, há países que utilizam esse tipo de tecnologia de forma intensiva, o que não é o caso do Brasil, embora isso fosse possível se houvesse alguma prioridade para o setor. Como exemplo, Luciano cita o dimensionamento dos recursos como forma de resolução de problemas. Um exemplo é a falta de estrutura necessária nos hospitais para atender aos casos de Covid-19, e foi-se comprando respiradores que podem vir a ficar ociosos no futuro.

“Hoje, se formos identificar a quantidade de coisas que a inteligência artificial pode nos proporcionar, nós deveríamos estar usando muito mais esses aspectos, tanto para poder planejar melhor os recursos a partir das informações que nós temos em mãos, como também aplicando a outras soluções que podem ser mais efetivas nesse momento”, diz.

Apesar da IA conseguir proporcionar melhoria das condições de trabalho, atendimento, saúde, entre outras áreas, ela não pode ser vista como uma solução que irá corrigir todas as falhas. A inteligência artificial pode nos ajudar a trabalhar e visualizar os dados em meio ao excesso de dados, auxiliando na tomada de decisões. Porém, a tecnologia não trabalha sozinha, pois seus mecanismos foram desenvolvidos a partir de técnicas da mente do ser humano.

“Precisamos pensar nela como uma ferramenta pela qual o ser humano conseguiu corporificar seus mecanismos inteligentes. A última palavra ainda vai ser do ser humano, e é por isso que precisamos fazer com que esse aspecto científico não seja deixado de lado em relação às decisões de precisam ser tomadas na condução da pandemia”, conclui Luciano.

Para saber mais sobre esse assunto, não deixe de conferir a live no Facebook da Rádio Uninter.

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Autor: Valéria Alves - Assistente multimídia
Edição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Pixabay e reprodução Facebook


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