Com a tecnologia, salas virtuais viram espaço de inclusão para apresentar trabalhos

Os alunos dos cursos de graduação da Escola Superior de Educação (ESE) da Uninter iniciaram em agosto a apresentação da Atividade Prática – Portfólio no Ambiente de Conferência/Reuni. A novidade é que as atividades foram ajustadas também à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), pois no período da pandemia de Covid-19 os alunos passaram a apresentar os seus trabalhos via YouTube e/ou outras redes sociais.

De acordo os professores e professoras da ESE, a adaptação acarretou um novo processo de aprendizagem que envolveu um descortinar da resistência, um (re)significar de conceitos estabelecidos sobre tecnológicas, além de equilíbrio emocional frente ao “novo”.

Diante do contexto vivido, o que impressionou os profissionais que atuam na ESE foi a necessidade por conhecimentos técnicos por parte dos alunos, sobre como, por exemplo, o simples ato de ajustar do som e da imagem do computador.

Com isso, observou-se que o uso de uma ferramenta tecnológica exige, sim, conhecimentos técnicos e aparentemente simples, até mesmo em virtude do contexto cultural e social que o aluno está inserido e/ou para alguns alunos o fator da idade é relevante.

O fato de conhecer e manusear um aparelho celular e operacionalizar as suas funções não garantem que uma pessoa domine plenamente tudo sobre as ferramentas tecnológicas digitais. O mesmo acontece para os que conseguem acessar e compartilhar informações por meio de textos digitais e imagens nas redes sociais (Instagram, Facebook, WhattsApp). Compreender é fundamental.

“Com a Atividade Prática – Portfólio, temos observado que, mesmo diante de uma ferramenta intuitiva, o novo ocasiona um certo medo e, por isso, a necessidade de se sentir seguro faz emergir a busca pelo conhecimento técnico, básico”, salienta a professora Cristiane Dall’ Agnol da Silva Benvenutti.

Para os professores da área de Geociências, as apresentações dos alunos têm demonstrado comprometimento acadêmico e responsabilidade com a pesquisa. A coordenadora da área, Renata Adriana Garbossa, pontua que “muitos alunos têm se destacado durante as apresentações”.

Garbossa destaca a aluna Beatriz Peres de Oliveira, que tem autismo e utilizou a Conferência/Reuni com tranquilidade, compartilhando seus slides e demais materiais, relatando a temática do seu trabalho de forma clara e finalizando com sucesso. Assim como a Beatriz, outros alunos assistidos pelo Serviço de Inclusão e Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais (Sianee) têm realizado as apresentações de seus trabalhos e pesquisas sobre as temáticas que envolvem o portfólio nos cursos de graduação.

A professora Cristiane Benvenutti afirma que as limitações não impedem que possamos avançar e aprender algo diferente. “Às vezes, exige de nós um pouco mais de tempo e persistência, mas é possível, sim. O uso da tecnologia permite um avanço significativo para alunos que apresentam algumas particularidades na forma como aprender. A apresentação do portfólio no novo espaço virtual permite que o aluno se torne protagonista no percurso de seu próprio aprendizado, e isso o conduz para novos conhecimentos a partir de uma necessidade”, diz.

Por fim, cabe destacar que, para além da sedimentação dos conteúdos, na atualidade o uso da tecnologia é de extrema necessidade para todos os campos de atuação profissional de um egresso, independentemente da área do conhecimento.

Na imagem em destaque, a estudante Beatriz Peres de Oliveira apresenta e compartilha slide sobre o trabalho de portfólio Fase BII sobre Geografia da Fome: Guia da Solidariedade.

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Créditos do Fotógrafo: Reprodução


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