Educação e política são dois meios que se complementam, comprova Fernando

Autor: Barbara Carvalho - Jornalista

 Como já dizia Paulo Freire, “a educação é permanente não porque certa linha ideológica ou certa posição política ou certo interesse econômico o exijam. A educação é permanente na razão”. E tal comparação quanto à importância da educação na realidade brasileira vem aumentando e refletindo no eleitorado nacional.

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na última eleição de 2018, dos 142,8 milhões de brasileiros aptos a votar, 5,6% (cerca de 8 milhões) concluíram a graduação, total de 2,8 milhões de pessoas a mais do que nas eleições de 2010. Essa alta no grau de escolaridade do eleitor resulta em um cidadão mais exigente aos seus desejos e direitos quanto aos políticos eleitos.

Foi pensando em melhorar a qualidade da gestão de sua cidade que Fernando Rodrigues Guimarães, 43 anos, realizou a pós-graduação em Administração Pública e Gerência de Cidades na Uninter. “O profissional com pós-graduação em gestão pública pode ajudar a tornar governos mais eficientes. Essa eficácia se traduz na prestação de serviços de saúde, educação, planejamento e obras, por exemplo”, relata.

Residente no distrito de Morro D’Água Quente, na cidade de Catas Altas (MG), Fernando é agente político e possui graduação em administração. Realizou a pós na modalidade a distância e, apesar de não sentir dificuldades para a finalização do curso, conta que isso é um fator que pode atrapalhar várias pessoas a concluir o ensino superior.

“Pode desestimular tanto o ingresso ao ensino superior quanto a permanência nele até o final. É preciso ser muito persistente para não desistir diante das dificuldades. Em relação à cidade ser pequena, acredito que, atualmente, isso não interfere muito. Muitas pessoas já perceberam que sem educação não chegarão a lugar nenhum”.

No Estado do Espirito Santo, por exemplo, o número de candidatos com diploma eleitos cresceu nos últimos 20 anos. Nas eleições de 1998, 60,4% dos políticos eleitos no Estado possuíam ensino superior completo. Já em 2018, esse número pulou para um total de 86% dos eleitos.

Tal aumento de escolaridade, tanto dos eleitores quanto dos candidatos, mostra que aquela antiga política baseada no boca a boca e na simpatia para angariar votos diminui e ambos os lados se tornam mais conscientes do que realmente é necessário para uma boa gestão e bom funcionamento de uma cidade. É isso que enfatiza Fernando.

“Não basta ter boa vontade, ser querido na cidade ou apoio político, é preciso ter conhecimento técnico para ajudar a cidade da forma correta, dentro da lei. Uma cidade só tem a ganhar quando tem um gestor comprometido, que conhece a seus munícipes, que conhece suas dores, que é carismático, mas que também sabe administrar dentro da lei, é instruído e tem condições de pensar em soluções práticas e corretas para os principais problemas da comunidade”.

Ainda, o aumento do nível educacional faz com que a população obtenha uma melhora na capacidade de busca e compreensão de informações, exigindo assim, políticos mais preparados. Esse fato eleva a necessidade de uma melhor preparação pelo lado gestores da cidade, que com uma graduação e pós que lhe propiciem um maior entendimento, são capazes de garantir um bom funcionamento da máquina administrativa. Fernando ressalta quanto o conhecimento é importante e a pós-graduação cursada na Uninter lhe ajudou a ter uma visão mais aberta.

“A educação é uma das principais ferramentas para formar cidadãos conscientes e comprometidos com o seu país, seu estado e sua cidade. Um cidadão instruído sabe pensar. E pensando, saberá escolher seus governantes corretamente e não será manipulado tão facilmente”, ressalta Fernando.

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Autor: Barbara Carvalho - Jornalista
Edição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal


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