Lâmpada conduz estudantes de Enfermagem para a prática

Autor: Nayara Rosolen - jornalista

Símbolo da Enfermagem, a lâmpada faz referência à enfermeira Florence Nightingale. A voluntária trabalhou durante a Guerra da Crimeia e, durante a noite, realizava vigília aos soldados feridos levando em mãos uma lanterna. As medidas de higiene e conforto implementadas por Florence impactaram na redução de mortalidade dos feridos e doentes nos hospitais de campanha.

Em um resgate histórico e em reconhecimento às contribuições da enfermeira, muitos dos cursos mais clássicos de enfermagem hoje realizam a Cerimônia de Passagem da Lâmpada. O rito simbólico acontece a partir do segundo ano da graduação, quando os estudantes saem do cenário teórico e de prática experimental para as práticas em campo, em contato com o ser humano e cuidados aos pacientes.

A primeira turma do bacharelado em Enfermagem da Uninter dos superpolos em Curitiba (PR) e São José dos Campos (SP), realizou a solenidade no dia 10 de dezembro de 2022. O evento presencial aconteceu no auditório da sede Garcez, na capital paranaense, com transmissão para os polos por meio do AVA Univirtus.

Realizaram a abertura da cerimônia o pró-reitor de Graduação do centro universitário, Rodrigo Berté, o diretor da Escola Superior de Saúde Única (ESSU), Cristiano Caveião, e a coordenadora do curso de Enfermagem, Deisi Benedet. Além do professor Alessandro Castanha da Silva, cerimonialista da manhã de sábado.

“Essa cerimônia representa um resgate, uma transição, e para relembrar a importância do estudo, desse comprometimento, do respeito ao paciente, mas aqui somos uma profissão que é uma arte, uma ciência, uma disciplina. Temos todo um lado de amor ao próximo, da humanização, mas nós também temos toda uma cientificidade, que é representada nesse rito pela luz da lâmpada. É a luz do conhecimento que vai norteá-los nessa prática de cuidado ao paciente”, afirma Deisi.

Durante o evento, a psicóloga e psicanalista Raquel Berg, tutora do curso de Psicanálise da Uninter, realizou uma palestra sobre a correlação do significado da luz, materializada na Enfermagem pela lâmpada, em distintas celebrações ao redor do mundo e como a Enfermagem se reflete na vida das pessoas.

Passagem da lâmpada

Por se tratar das primeiras turmas, as estudantes Adriane Glir, do superpolo em Curitiba, e Sheron Batista, do superpolo em São José dos Campos, representaram os colegas do curso e receberam a lâmpada simbolicamente das mãos do diretor Caveião e da professora Andrea Van-Dúnem, respectivamente. Nos próximos anos, a lâmpada será passada da turma mais antiga para as novas que irão iniciar as aulas práticas em campo.

Após a passagem da lâmpada, cada um dos 15 estudantes que participaram da cerimônia, receberam um boton em formato de lâmpada, entregues pelo diretor Caveião, a coordenadora Deisi, e as professoras Denise Batista, Elaine Nascimento e Silvia Damann. Em São José dos Campos, o boton foi entregue pela professora Andrea.

“Para nós, como instituição de ensino, é um prazer poder proporcionar isso para os alunos. É uma sensação muito tradicional na Enfermagem, hoje feita muito nos cursos clássicos, onde acabam entendendo a importância da mudança de cenários. Trazer os valores da Enfermagem dentro do curso nos traz uma grande alegria”, garante o diretor Caveião.

Vinculada ao superpolo em Curitiba, a estudante Maeli Ramos, de 52 anos, escolheu estudar Enfermagem por já atuar na Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco do Sul (PR) e “ter uma boa noção” da profissão. Para ela, a passagem da lâmpada “é muito importante” e traz uma “sensação indescritível”.

“É algo muito vibrante, a gente sente no físico (…) a partir do momento que você toca nela [a lâmpada], você sente na prática, é algo muito gostoso, que de fato consegue visualizar o que a nossa precursora trouxe com esse símbolo. Embora ela não tenha noção, porque viveu no passado, hoje tudo o que queria passar, nós conseguimos sentir. A minha expectativa é ter essas emoções e sentir na prática cada vez mais. Começa ali o friozinho na barriga para esse contato direto mesmo com o paciente e toda essa simbologia que agora vai para a prática”, conclui Maeli.

Estudantes em destaques

Na Uninter, o curso de Enfermagem na modalidade a distância utiliza a metodologia semipresencial. De acordo com a coordenadora Deisi, a graduação é marcada por um “modelo de sala de aula invertida. O aluno estuda a teoria em casa e vem para o campo fazer a prática”, explica.

Em reconhecimento aos estudantes mais dedicados e que obtiveram os melhores desempenhos no curso, a instituição concedeu dois kits com materiais de apoio à trajetória acadêmica, com instrumentos que poderão utilizar nas práticas da profissão.

Dagmar Fátima da Silva foi quem recebeu o kit com melhor desempenho no superpolo em Curitiba, entregue pela professora Denise. Já no superpolo em São José dos Campos, Sheron Batista recebeu o kit das mãos da professora Andrea.

Confira cada um dos estudantes que participaram da cerimônia:

Adriane Glir

Cibele Gonçalves

Dagmar Fátima da Silva

Dorinéia Alves Manoel

Franciele Teixeira Suek

Jair Henrique Munhoes dos Santos

João Pereira da Silva

Joselia Maria de Barros

Juliane Glodes Cordeiro Engraf Bahl

Letícia dos Santos Fullan

Maeli Ramos Lourenço Pinto

Marcela Lorena de Oliveira

Mirian Santos Siqueira

Sandra Machado Martins

Sheron Crys Mendonça Souza Batista

Weslley Antunes Cordeiro

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Autor: Nayara Rosolen - jornalista
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Nayara Rosolen


1 thought on “Lâmpada conduz estudantes de Enfermagem para a prática

  1. A história de forense é muito linda o ato de amar o próximo foi muito lindo do da parte dela , depois dela tudo melhorou no mundo. Antes era um desrespeito total com os soldados hoje em dia as coisas são melhores por causa das atividades dela com os seres humanos m

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